29.12.05

 

BOAS FESTAS E FELIZ ANO 2006!


Apesar de algum atraso, vinha por este meio desejar a todos Boas Festas e Feliz Ano Novo!

Voltarei em 2006.

 

Actividades para crianças ligadas à Educação para os Media

CENTRO LÚDICO DE IMAGEM ANIMADA

Através das oficinas organizadas por estre Centro (o ANILUPA), as crianças com mais de 4 anos têm oportunidade de desvendar os mistérios que antecederam a invenção do cinema de animação e de brincar com um teatro de sombras que as transporta para o universo das ilusões ópticas. Ao longo de uma visita animada, podem manipular réplicas que estiveram na origem do cinematógrafo, visionar filmes de animação realizados por crianças e jovens no estúdio da Anilupa e criar as imagens para um thaumatrope. Na oficina de construção de brinquedos ópticos, têm a possibilidade de escolher qual o aparelho óptico que preferem construir: será um zootrope, um caleidoscópio ou um fenakistiscópio?

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Coliseu do Porto, Portugal. De segunda a sexta das 9.30 às 12.30 e das 14h às 18 (sob marcação). Preço: as visitas
são gratuitas e o preço das oficinas varia entre 1 e 2.50 euros. Info. 222081213
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Na FUNDAÇÃO DE SERRALVES (telef. 226156546, destacamos a oficina Os Filmes da Semana cujo objectivo é familiarizar os participantes ( entre os 4 e os 12 anos) com a produção, a selecção e a montagem de imagens videográficas inspiradas no mundo em redor.

Fonte: Notícias Magazine


Em Vila do Conde, a SOLAR- Galeria de Arte Cinemática inaugurou uma exposição didáctica sobre os processos de realização do cinema de animação - denominada ANIMAR.

A mostra stará patente até 19 de Fevereiro e visa "proporcionar a aproximação do público jovem aos modos de fazer cinema de animação, revelando alguns processos de realização de animação", com guiões, desenhos, bonecos de plasticina e animação em 3 dimensões.

Paralelamente, vai decorrer um programa de cinema de animação para alunos das escolas de Vila do Conde dos ensinos pré-primário e do 1º ciclo, englobando 8 pequenos filmes europeus da série Europe in Shorts for Kids.

Fonte: Jornal Público

 

Sete motivos para um professor criar um blog

Com a devina vénia a Betina von Staa, chamo a atenção sobre este interessante texto sobre professores e os blogues.

A intenção é trazer para cá algumas das idéias
que a gente vê perdidas pelo mundo — real ou virtual

(Blog de Nelson Vasconcelos)

Nesse mundo da tecnologia, inventam-se tantas novidades que realmente é difícil acompanhar todas as possibilidades de trabalho que elas abrem para um professor. Recentemente, surgiu mais uma: o blog.

Mas o que vem a ser isso? Trata-se de um site cujo dono usa para fazer registros diários, que podem ser comentados por pessoas em geral ou grupos específicos que utilizam a Internet. Em comparação com um site comum, oferece muito mais possibilidades de interação, pois cada post (texto publicado) pode ser comentado. Comparando-se com um fórum, a discussão, no blog, fica mais centrada nos tópicos sugeridos por quem gerencia a página e, nele, é visualmente mais fácil ir incluindo novos temas de discussão com freqüência para serem comentados.

Esse gênero foi rapidamente assimilado por jovens e adultos do mundo inteiro, em versões pessoais ou profissionais. A novidade é tão recente; e o sucesso, tamanho, que em seis anos, desde o início de sua existência, em 1999, o buscador Google passou a indicar 114 milhões de referências quando se solicita a pesquisa pelo termo “blog”, e, só no Brasil, aparecem 835 mil resultados hoje.

No mundo acadêmico, por sua vez, esse conceito ainda é praticamente desconhecido. O banco de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) não apresenta nenhuma referência sobre o tema e, mesmo em buscas internacionais, são pouquíssimos os trabalhos a respeito do que se pode fazer com um blog nas escolas. Todas as referências encontradas estão no pé deste artigo.

Não é à toa que tantos jovens e adultos começaram a se divertir publicando suas reflexões e sua rotina e que tantos profissionais, como jornalistas e professores, começaram a entrar em contato com seu público e seus alunos usando esse meio de comunicação. No blog, tudo acontece de uma maneira bastante intuitiva; e não é porque a academia ainda não disse ao professor que ele pode usar um blog que essa forma de comunicação deve ser deixada de lado. Com esse recurso, o educador tem um enorme espaço para explorar uma nova maneira de se comunicar com seus alunos. Vejamos sete motivos pelos quais um professor deveria, de fato, criar um blog.

1- É divertido

É sempre necessário termos um motivo genuíno para fazer algo e, realmente, não há nada que legitime mais uma atividade que o fato de ela ser divertida. Um blog é criado assim: pensou, escreveu. E depois os outros comentam. Rapidamente, o professor vira autor e, ainda por cima, tem o privilégio de ver a reação de seus leitores. Como os blogs costumam ter uma linguagem bem cotidiana, bem gostosa de escrever e de ler, não há compromisso nem necessidade de textos longos, apesar de eles não serem proibidos. Como também é possível inserir imagens nos blogs, o educador tem uma excelente oportunidade de explorar essa linguagem tão atraente para qualquer leitor, o que aumenta ainda mais a diversão. O professor, como qualquer “blogueiro”, rapidamente descobrirá a magia da repercussão de suas palavras digitais e das imagens selecionadas (ou criadas). É possível até que fique “viciado” em fazer posts e ler comentários.

2- Aproxima professor e alunos

Com o hábito de escrever e ter seu texto lido e comentado, não é preciso dizer que se cria um excelente canal de comunicação com os alunos, tantas vezes tão distantes. Além de trocar idéias com a turma, o que é um hábito extremamente saudável para a formação dos estudantes, no blog, o professor faz isso em um meio conhecido por eles, pois muitos costumam se comunicar por meio de seus blogs. Já pensou se eles puderem se comunicar com o seu professor dessa maneira? O professor “blogueiro” certamente se torna um ser mais próximo deles. Talvez, digital, o professor pareça até mais humano.

3- Permite refletir sobre suas colocações

O aspecto mais saudável do blog, e talvez o mais encantador, é que os posts sempre podem ser comentados. Com isso, o professor, como qualquer “blogueiro”, tem inúmeras oportunidades de refletir sobre as suas colocações, o que só lhe trará crescimento pessoal e profissional. A primeira reação de quem passou a vida acreditando que diários devem ser trancados com cadeado, ao compreender o que é um blog, deve ser de horror: “O quê? Diários agora são públicos?”. Mas pensemos por outro lado: que oportunidade maravilhosa poder descobrir o que os outros acham do que dizemos e perceber se as pessoas compreendem o que escrevemos do mesmo modo que nós! Desse modo, podemos refinar o discurso, descobrir o que causa polêmica e o que precisa ser mais bem explicado ao leitor. O professor “blogueiro” certamente começa a refletir mais sobre suas próprias opiniões, o que é uma das práticas mais desejáveis para um mestre em tempos em que se acredita que a construção do conhecimento se dá pelo diálogo.

4- Liga o professor ao mundo

Conectado à modernidade tecnológica e a uma nova maneira de se comunicar com os alunos, o educador também vai acabar conectando-se ainda mais ao mundo em que vive. Isso ocorre concretamente nos blogs por meio dos links (que significam “elos”, em inglês) que ele é convidado a inserir em seu espaço. Os blogs mais modernos reservam espaços para links, e logo o professor “blogueiro” acabará por dar algumas sugestões ali. Ao indicar um link, o professor se conecta ao mundo, pois muito provavelmente deve ter feito uma ou várias pesquisas para descobrir o que lhe interessava. Com essa prática, acaba descobrindo uma novidade ou outra e tornando-se uma pessoa ainda mais interessante. Além disso, o blog será um instrumento para conectar o leitor a fontes de consulta provavelmente interessantes. E assim estamos todos conectados: professor, seus colegas, alunos e mundo.

5- Amplia a aula

Não é preciso dizer que, com tanta conexão possibilitada por um blog, o professor consegue ampliar sua aula. Aquilo que não foi debatido nos 45 minutos que ele tinha reservados para si na escola pode ser explorado com maior profundidade em outro tempo e espaço. Alunos interessados podem aproveitar a oportunidade para pensar mais um pouco sobre o tema, o que nunca faz mal a ninguém. Mesmo que não caia na prova.

6- Permite trocar experiências com colegas

Com um recurso tão divertido em mãos, também é possível que os colegas professores entrem nos blogs uns dos outros. Essa troca de experiências e de reflexões certamente será muito rica. Em um ambiente onde a comunicação entre pares é tão entrecortada e limitada pela disponibilidade de tempo, até professores de turnos, unidades e mesmo escolas diferentes poderão aprender uns com os outros. E tudo isso, muitas vezes, sem a pressão de estarem ali por obrigação. (É claro que os blogs mais divertidos serão os mais visitados. E não precisamos confundir diversão com falta de seriedade profissional.)

7- Torna o trabalho visível

Por fim, para quem gosta de um pouco de publicidade, nada mais interessante que saber que tudo o que é publicado (até mesmo os comentários) no blog fica disponível para quem quiser ver. O professor que possui um blog tem mais possibilidade de ser visto, comentado e conhecido por seu trabalho e suas reflexões. Por que não experimentar a fama pelo menos por algum tempo?

Antes de fazer seu próprio blog, vale a pena consultar as realizações de algumas pessoas comuns ou dos mais variados profissionais. Faça uma busca livre pela Internet para descobrir o que se faz nos blogs pelo mundo afora e (re)invente o seu!



Referências bibliográficas:

BEIGUELMAN, Giselle. Blogs: existo, logo, publico. Acesso em: 29 jul. 2005.

DICKINSON, Guy. Weblogs: can they accelerate expertise? Tese de mestrado em Educação da Ultralab, Anglia Polytechnic University, Reino Unido, 2003. Acesso em: 29 jul. 2005.

GENTILE, Paola. Blog: diário (de aprendizagem) na rede. Nova escola, jun./jul. 2004. Acesso em: 29 jul. 2005.

KOMESU, Fabiana Cristina. Blogs e as práticas de escrita sobre si na Internet. In: MARCUSCHI, Luiz Antônio; XAVIER, Antônio Carlos. Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004.

LEARNING and Leading with Technology. BlogOn, 2005. vol 32, n. 6.


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Betina von Staa é doutora em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem, trabalha como consultora em tecnologia educacional e escreve especialmente para esse portal.

19.12.05

 

Prémios BLOPEs 2005

Os Prémios BL0PEs (um BLoPE é um BLOgue em Português ou Espanhol na área da Educação) pretendem divulgar e incentivar a utilização da importante ferramenta que é um blogue na área da Educação.

Pretendemos que estes prémios sejam uma marca de respeito, reconhecimento e homenagem ao trabalho que os educadores tiveram durante o ano, que as suas contribuições e esforços sejam mais reconhecidas pela comunidade.

Ou seja, o processo de entrega de prémios pretende ajudar a aumentar a importância dos blogues no campo da educação e ajudar a tornar esse excelente trabalho conhecido pela população em geral, bem como servir de mote de inspiração para o que é possível fazer com o poder dos EduBlogues por parte de alunos e educadores em geral.

Quer esteja no campo da educação ou tenha conhecimento de alguém que pense merece que o seu trabalho tenha reconhecimento, nomeio-os para os Prémios BLoPEs 2005, através deste blogue ou enviando um email para premios2005@blopes.com! Nesta primeira edição, cada pessoa pode nomear até 3 blogues por categoria.

Datas: Até Janeiro, será a altura de efectuar as nomeações e em Fevereiro, serão as votações para a eleição dos melhores em cada categoria, escolhidos através da selecção de um júri independente.

Em Março, haverá a votação para o Melhor do Ano 2005 entre os vencedores das diferentes categorias.

No futuro, iremos tentar que este evento inclua também a atribuição da distinção não só pela votação popular mas igualmente através do julgamento de um painel independente de educadores distintos.

PARTICIPE!

E as categorias são:


* Melhor Blogue feito por uma escola
(utilização dos blogues no processo ensino aprendizagem)

* Melhor Blogue feito por um professor

* Postagem, recurso ou apresentação mais influente

* Melhor Blogue, serviço ou programa ao serviço da educação

* Melhor Blogue de Ciência/Cientista

* Melhor Blogue de uma biblioteca/bibliotecário

* Melhor Blogue de um museu/museólogo

* Melhor Blogue feito por uma criança

* Melhor Podcast

17.12.05

 

Fazer Blogues?

É elementar, Meu Caro Dr. Watson!

Blogues - ou Web Logs - é frequentemente visto como uma actividade para alunos do Ensino Secundário. Você sabia que, no entanto, estudantes tão novos como os dos jardins de infãncia fazem já blogues numa base diária, numa grande e excitante variedade de maneiras? Continue a ler para descobrir como os blogues no 1º Ciclo funcionam, quais os tópicos os alunos e professores desse nível de ensino cobrem nos seus blogues, programas e instrumentos para utilizar e cuidados e dicas para começar o seu próprio blogue.

Basicamente, um blogue - ou Web Logs - é um jornal ou um diário online. Olhe para qualquer blogue e você irá ver imediatamente a ligação entre ele e um diário tradicional. Frquentemente organizado no formato de calendário com as postagens mais recentes em primeiro lugar, os blogues têm palavreado, desejos, comentários e, bem, muitas outras coisas que o autor pensa, muitas vezes com gráficos e por vezes com elementos audio ou vídeo.

Mas os blogues têm evoluido rapidamente para outra coisa:

Nº 1: um blogue é um conceito de publicação na web que permite a qualquer pessoa - alunos da escola primária, políticos, pessoas sem abrigo, directores de escolas, candidatos presidenciais - publicarem informação na internet.

Nº 2: Blogues (Blog- um diminuitivo para weB LOG), tornou-se uma ferramenta jornalística, uma forma de publicar notícias, ideias, declamações, anúncios e ponderações muito rapidamente e sem constrangimentos técnicos, editoriais e de tempo. Basicamente faz qualquer pessoa um colunista. De facto, muitos comentadores estabelecidos agora publicam os seus próprios blogues.

Nº 3: Os blogues, devido à sua facilidade de utilização e devido ao contexto da forma como se escrevem colunas editoriais, tornaram-se uma maneira muito eficaz de ajudar os estudantes a tornarem-se melhores escritores. As investigações têm demonstrado há muito que os estudantes escrevem mais, escrevem com mais detalhes e tomam mais cuidado com os erros ortográficos, a gramática e a pontuação, quando estão a escrever para uma audiência autêntica na internet.

BLOGUES NO 1º CICLO DO E. B. EM ACÇÃO: a experiência de uma professora

Os educadores sabem que os alunos escrevem melhor quando têm uma audiência real - não apenas um professor com uma caneta vermelha. No passado, encontrar tal audiência era um desafio. Mas com o acesso à internet e alguns programas básicos, qualquer estudante pode escrever para todo o mundo ver. Embora os blogues nas escolas ainda esteja na sua infância, várias evidências sugerem que o interesse dos estudantes (e a quantidade de trabalhos) em escrever aumenta quando os seus trabalhos são publicados online e, talvez ainda mais importante, quando é sujeito aos comentários dos leitores.

Então mas que tipo de blogues fazem os alunos do 1º ao 6º anos? Por exemplo (são dos Estados Unidos), um professor criou um comentário online para as notícias do dia. Uma outra professora responsabiliza cada um dos seus alunos como repórter da turma. O aluno escolhido tem de registar os acontecimentos do dia no blogue Studio Four-News. Um outro professor também faz uma crónica do que se passou durante o dia em detalhe - com fotografias a acompanharem a maior parte das postagens.

Contudo não são só estes alunos do nível escolar mais elevado a divertirem-se. Numa escola primária do Nebraska, os alunos que escrevem para o blogue da turma descrevem um tópico - passando do sistema solar à história da sua região - cada duas semanas; fotos e desenhos da turma também são incluídos. E, no Reino Unido, estudantes desde os 7 anos utilizam os blogues para adquirirem capacidades técnicas que alguns com 15 ou 16 anos ainda não sabem fazer.

Mesmo nas turmas dos alunos mais novos, os blogues podem ser uma parte vital do processo de aprendizagem; os jovens alunos podem desenhar as suas entradas ao invés de as escreverem, narrar entradas para o professor escrever ou o professor pode postar uma entrada para toda a turma.

O QUE É PRECISO PARA COMEÇAR UM BLOGUE'
Muitas escolas utilizam programas baseados na web como o Blogger. Embora sejam fáceis de utilizar, essas ferramentas não são específicas para a comunidade educativa e podem não ter asseguradas todas as questões de segurança e supervisão que um professor, particularmente um do 1º Ciclo procura (apesar de não vermos grandes problemas em utilizá-los). Mas em português não exitem também esse tipo de programas. Uma alternativa em inglês será um programa como o Blogmeister, que é completamente online, não existindo também programas para instalar. O professor prepara o blogue e as contas dos alunos e os estudantes podem juntar as suas postagens. O professor revê cada entrada e ou aprova e publica ou devolve-a ao aluno para editar antes de a voltar a ver.

Quer saber como isto dos blogues funciona realmente? Veja a próxima postagem LIGUE-SE A UM BLOGUE. Nele, a professora descreve as suas razões para utilizar blogues, sugere passos para começar, oferece reacções dos estudantes, fornece uma rúbrica que ela utiliza para avaliar os blogues dos alunos e recomenda links para mais informação.

Fazer blogues com os mais novos será uma actividade excitante e pedagócica! Comece já amanhã!

16.12.05

 

Miúdos torturam nos videojogos

Um em cada três usa jogos para maiores de 18
Em cinco anos venderam-se por cá 700 mil consolas
Em cinco anos venderam-se por cá 700 mil consolas
Um em cada três menores entre os dez e os 17 anos utiliza jogos recomendados para maiores de 18. Destes, 57 por cento reconhece que mata ou tortura pessoas durante os jogos e 35 por cento diz que perde mais de uma hora por dia nas consolas.
Uma em cada três crianças e adolescentes usa jogos de computador recomendados para adultos e 57% admitem que "torturam" ou "matam" pessoas nesses jogos, de acordo com um novo estudo divulgado em Espanha.

De acordo com o estudo, esta faixa etária - entre os 10 e os 17 anos - joga diariamente mais de uma hora, sendo por isso recomendada maior atenção dos pais e encarregados de educação para garantir que crianças e adolescentes tenham menor acesso a jogos para adultos. O defensor do menor espanhol analisou mais de 21 jogos violentos, todos eles para adultos, preparando depois um guia para os encarregados de educação. O estudo, que reforça a opinião do defensor do menor espanhol, foi realizado pelas organizações Protegéles e Civertice com que questionaram mais de quatro mil crianças e adolescentes.

Estes são os resultados de um estudo realizado em Espanha sobre os jovens e os videojogos. Por cá não existe qualquer estudo do género, mas os dados não deverão diferir em muito.

Ao que o Correio da Manhã apurou, só nos últimos cinco anos foram vendidas no nosso país mais de 700 mil consolas da Playstation 2 e 150 mil só este ano, sendo que os jogos de 'wrestling' (luta livre americana) continuam a ser dos mais vendidos. Numa ronda que o CM fez por alguns hipermercados, este ano e depois dos jogos de futebol, 'Need For Speed Most Wanted' é o terceiro mais procurado, Trata-se um jogo de corridas de ruas ilícitas no qual o objectivo é ficar na lista negra da polícia.

O estudo realizado em Espanha identificou ainda o jogo 'GTA San Andreas' (onde, por exemplo, se atropelam transeuntes) como o menos recomendado para as crianças.
 
O "Defensor del Menor" da Comunidade Autónoma de Madrid, em conjunto com várias associações cívicas ligadas aos interesses das crianças, acaba de divulgar o estudo, intitulado "Videojuegos, menores y responsabilidad de los padres" e disponbilizam na Internet um Guia de Jogos Vídeo para Pais.

15.12.05

 

Crianças portuguesas preferem televisão

Um estudo elaborado pela Duracell em nove países da Europa revela as preferências de brinquedos, brincadeiras e lojas das crianças e dos pais para as compras de Natal. Em Portugal a televisão foi eleita como a forma privilegiada pelas crianças para ocupar os tempos livres.

Pelo terceiro ano consecutivo a Duracell realizou o Toy Survey, um estudo levado a cabo em nove países da Europa com a participação de 900 crianças e os seus pais.

O estudo pretende, a nível quantitativo, conhecer o top 10 de preferência das crianças relativamente aos brinquedos apresentados (e “testados” pelas crianças) e, ao nível qualitativo, conhecer as preferências de brincadeiras, de locais onde brincar, das vontades e dos presentes que querem receber e, ainda, do ponto de vista dos pais, quais os hábitos de consumo, os valores despendidos e em que tipo de brinquedos.

E se o estudo é relevante para os pais e mesmo para as crianças numa altura em que o Natal está a um pulinho, para a indústria dos brinquedos, para as marcas e até para as agências representa uma base de trabalho, com dados relevantes.

Além de apresentar dados relativos a Portugal, o estudo apresenta informações sobre os outros países europeus que participaram no estudo, assim como as diferenças de comportamento das crianças e pais dos diferentes países.

Televisão lidera preferências

Ao contrário de todos os outros países incluídos neste estudo, as crianças portuguesas elegem, na maior parte, a televisão como meio de ocupar os tempos livres.

Vinte e oito por cento das crianças em Portugal preferem ver televisão contra o 1% que gosta de ler livros e revistas. Ou os 19% que preferem o computador e os jogos de vídeo contra os 3% que gostam de brincar com os amigos. E se 16% prefere brincar com brinquedos, nenhuma das crianças deste estudo prefere clubes ou os escuteiros, ouvir música ou brincar com a família. A percentagem de preferência pela televisão aumenta nas raparigas, 31% elege a televisão como preferência, contra os 25% dos rapazes.

Mas não é só no facto de sermos o único país a seleccionar a televisão como preferência que somos diferentes do resto da Europa. A Holanda apresenta a maior percentagem, e mesmo em relação às outras opções, de crianças que preferem brincar ao ar livre. E isto ao contrário das crianças belgas onde nenhuma respondeu preferir esta opção.

Em Portugal 12% das crianças aprecia estas brincadeiras enquanto que na Alemanha cerca de 31%, e mais uma vez a maioria, elegem as brincadeiras ao ar livre como o melhor para ocupar os tempos livres. Em Inglaterra a maior fatia das preferências foi para o computador e para os jogos de vídeo, com 23%, enquanto que na Bélgica (36%), França (27%), Itália (36%), Espanha (39%) e Suécia (30%) a escolha recaiu nos brinquedos.

Neste Natal quero...

...brinquedos e jogos. Esta foi a preferência das crianças portuguesas entrevistadas neste estudo com 47%, enquanto que apenas 25% dos pais concordou com esta opção. Para 17% dos pais, vídeos e jogos de computador parecem uma melhor escolha, sendo que 10% das crianças concordam.

Quinze por cento das crianças vão incluir na lista ao Pai Natal as consolas de jogos, apesar de só 3% dos pais estarem “na mesma onda”. Mas se as crianças já sabem bem o que querem para este Natal, 41% dos pais inquiridos ainda consideraram a questão prematura.

Mais uma vez a televisão é líder como fonte de informação sobre novos brinquedos. Oitenta e nove por cento das crianças apontou a televisão como meio de ficarem a conhecer novos brinquedos, seguida das lojas (50%), dos amigos (37%), de revistas e catálogos (20%) e da Internet (3%).

Em relação ao número de presentes oferecidos, este estudo revela que cada criança recebe em média 8,8 brinquedos no Natal, o que em termos comparativos coloca os pais portugueses acima da média de generosidade. No entanto Portugal encontra-se no último lugar da lista no que se refere aos valores despendidos com cada brinquedo (uma média de nove euros).

Uma criança que viva em Inglaterra recebe em média 15 brinquedos com um valor de 10 ou 11 euros por cada um. No total despendido por criança no ano passado, a Bélgica era o país que gastava menos nas compras de Natal para as crianças, com uma média de 62 euros, seguida de Portugal com 80 euros. Mais uma vez foram os ingleses a gastar mais do orçamento nestas compras com um valor médio de 148 euros.

Para os pais portugueses, um brinquedo tem que ser, acima de tudo, educacional, opção que recolheu 51% das opiniões, seguido da durabilidade (12%) e da relação preço/qualidade, garantida de divertimento e interactividade (todos com 10%). E na altura de escolher o presente a oferecer, 50% dos pais admitem seguir a opinião e o pedido das crianças, seguido pela qualidade do brinquedo (17%) e pelo seu preço (7%).

No que se refere às preferências no local para compra de brinquedos, as crianças e os pais têm opiniões diferentes. As crianças escolheram o Toys’R’Us (50%) como local preferido para as compras enquanto que os pais escolheram o Carrefour (38%) justificando a escolha com a proximidade e os preços reduzidos.

As compras para o período natalício começam, em linha do que é considerado como típico português, em Novembro. Quarenta e três dos pais começam a fazer as compras de Natal neste mês enquanto que 32% começam apenas em Dezembro. Tendo em conta que a maioria (41%) dos pais europeus começa as compras em Novembro, a média não é má. E como há sempre excepções, só 19% dos pais alemães e holandeses fazem as compras de Natal em Dezembro.

O top 10 dos brinquedos em Portugal

Para elaborar o top 10 de preferência das crianças no que se refere aos brinquedos, as marcas disponibilizaram as novidades lançadas nesta época do ano e as crianças “testaram” esses brinquedos e fizeram a sua escolha.

1. Tecnitoys – SCX The Digital System

2. Radica – Nitro Battler2

3. Hasbro – Fur Real Friends Luv Cubs

4. Mega Blocks – Dragon Mountain

5. Concentra – Super Tatuagens Mágicas

6. Mattel – Fashion Fever Styling Head

7. Giochi Preziosi – Geomag panels

8. Mattel – Hot Wheels AcceleRacers Swamp Beast Set

9. Famosa – Jaggets Minimodel Party

10. Oregaon Scientific – Barbie B-Book

 

Ler as notícias

Na sequência do programa televisivo de ontem sobre jornais escolares, aproveitava para deixar algumas dicas aos professores sobre a utilização de jornais na escola.

Por que não partilhar e discutir com os seus estudantes uma notícia? Procure escolher as notícias pela sua actualidade e o seu potencial interesse para os alunos.

Lendo as notícias

Você pode usar uma variedade de abordagens para ler as notícias:

* Leia a notícia em voz alta aos alunos enquanto eles a vão seguindo no seu lugar.

* Os estudantes podem em primeiro lugar ler a notícia para eles próprios; depois peça a determinados alunos para lerem a notícia em voz alta para o resto da turma.

* Divida o grupo em pequenos grupos. Cada aluno no grupo irá ler um parágrafo da história. À medida que os alunos leiem, os outros podem sublinhar informação importante ou escrever uma nota na margem da história. Depois que cada aluno terminar a sua leitura, os outros no grupo podem dizer alguma coisa - um comentário, uma questão, uma clarificação - sobre o texto.

14.12.05

 

Clube dos Jornalistas na TV: Jornais escolares

Uma notícia que vi no blogue Educomunicação, para ver hoje às 23.30, no canal "a dois:"

CJ na TV: Jornais escolares

“Jornais escolares” é o tema do próximo Clube de Jornalistas, que irá para o ar na quarta-feira, dia 14, às 23 e 30, na RTP 2. Eduardo Jorge Madureira, Joaquim Igreja e Maria Emília Brederode Santos são os convidados em estúdio. A moderação é de Carla Martins.

O projecto Público na Escola distinguiu este ano 34 jornais escolares, de vários graus de ensino, no âmbito do Concurso Nacional de Jornais Escolares. O próximo Clube de Jornalistas aborda a realidade multifacetada dos jornais escolares e conta, em estúdio, com as participações de :

Eduardo Jorge Madureira, director pedagógico do projecto Público na Escola
Joaquim Igreja, professor da Escola Secundária Afonso de Albuquerque, da Guarda, e coordenador do jornal “Expressão”
Maria Emília Brederode Santos, pedagoga

Envolvendo alunos e professores, os jornais escolares relatam as actividades das instituições de ensino e contribuem para construir a identidade das escolas onde são criados.

Trata-se de um universo muito diversificado – ao nível da concepção gráfica e temática, da organização, da intervenção social, da ligação com outros media – e em rápida transformação – tendo em conta a mobilidade de alunos e de professores e o facto de estes projectos dependerem em grande medida do voluntarismo dos seus dinamizadores.

Além disso, a importância e papel destes projectos cruzam-se frequentemente com objectivos de incentivo à leitura e de Educação para os Media.

Durante o programa são transmitidas reportagens sobre o jornal “8 e 25”, da Escola Básica 2/3 prof. Óscar Lopes, de Matosinhos, e o CLIP – Laboratório de Imprensa do Público, uma parceria com o Museu dos Transportes e Comunicações, do Porto.

O Clube de Jornalistas também considerou importante ouvir a perspectiva do Ministério da Educação sobre o tema. O incentivo à leitura e a formação para os media e a cidadania foram os aspectos salientados no depoimento de Teresa Calçada, coordenadora da Rede de Bibliotecas Escolares.

A propósito do incentivo à leitura de jornais entre os jovens, recuperámos uma campanha lançada há cerca de dois anos pela Associação Portuguesa de Imprensa.

 

A "Televisão sem Fronteiras" e a programação infantil na União Europeia

A nova directiva comunitária para a Televisão Sem Fronteiras foi ontem apresentada em Bruxelas pela comissária Viviane Reding. Um dos pontos que motivou maior discórdia entre os comissários diz respeito às novas regras sobre product placement (ver nota) nos programas de entretenimento.

Na apresentação do documento, a comissária confirmou a liberalização das regras relativamente a esta questão, mas realçou o facto desse conteúdo publicitário continuar banido dos espaços informativos e entretenimento infantil.

Relativamente aos programas infantis, o texto não passa por liberalizar, mas sim apertar ainda mais as regras, por forma a não veicular mensagens com teor violento ou xenófobo.

Fonte: Jornal Meios & Publicidade

Product placement:do que estamos a falar? (in Diário de Notícias)

O product placement é a inclusão de marcas comerciais (de todo o género) dentro de conteúdos de entretenimento e ficção, como se fossem adereços, por exemplo bebidas, carros, cereais ou detergentes. Estas marcas aparecem para reforçar a sua notoriedade ou lançar um novo produto. Escolhem não só os programas mas também os protagonistas com os quais o consumidor da marca se identifica. O product placement é uma forma de negociação publicitária, da mesma "família" do soft sponsoring, do barter, da inclusão de produtos, da manipulação de conteúdos e do financiamento de programas. Os publicitários reúnem esta área de negócio numa definição mais abrangente a que chamam branded entertainment.

13.12.05

 

Sessão Paralela - Educação para a Mídia

Apesar de se ter realizado já em Abril de 2004, trazia aqui a descrição da sessão paralela realizada sobre Educação para os Media (os nossos irmãos brasileiros utilizam a expressão Educação para a Mídia) na 4ª Cimeira Mundial de Media para Crianças e Adolescentes:


Moderador: Ismar Soares - USP,Brasil
Palestrantes: Guillermo Orozco - Pesquisador, México
Kathleen Tyner - Hi-Beam Consulting, EUA
Roberto Gianatelli - Associação Italiana de Media Education
Pierre Frémont - CLEMI, França


Citada ao longo de várias discussões, a educação para a mídia foi tema do último dia de sessões da 4ª CMMCA. Valeu a espera! Acompanhando o clima do Rio de Janeiro, que amanheceu com o sol brilhando depois de três dias de céu nublado, o debate em torno do assunto foi quente. Numa das sessões mais densas e concorridas, os debatedores falaram de políticas públicas, identidade, respeito, educação, valores, participação e visões múltiplas e críticas sobre a mídia.
Uma das maiores referências no País quando o tema é Educomunicação, o professor da USP Ismar Soares, que moderou o debate, alertou para o fato que, apesar de desde a década de 70 o tema estar sendo discutido por organizações não governamentais e iniciativas particulares, ou ele é idealizado ou desacreditado. E o pior, pelos próprios educadores. Para dar início às discussões o pesquisador colocou lenha na fogueira: "Está chegando o momento em que a educação para a mídia vai se converter em política pública? Como fazer para que isso aconteça? Como a sociedade está vendo essa questão?"
O pesquisador mexicano Guillermo Orozco defendeu o que chama de "pedagogia da audiência" com uma metodologia lúdica, afirmando que não é possível educar sem que o lúdico esteja presente. Ele criticou a centralização de alguns projetos nos meios de comunicação, como se eles fossem o mais importante no processo de comunicação e alertou para o fato que a educação para os meios não precisa acontecer só nas escolas: "Esse é o momento de ir mais adiante, além do cenário formal educativo e trabalhar em favelas, bairros marginais, grupos minoritários..." Para exemplificar sua teoria citou o Trompo Mágico, um museu interativo no México, cujo projeto foi idealizado não só por museólogos, mas também comunicadores. Ao invés das tradicionais exposições com obras estáticas, o local é o exemplo de como trabalhar com reflexão, curiosidade e surpresa, mostrando que a aprendizagem se faz de maneira compartilhada, percorrendo espaços, descobrindo-os. "São conhecimentos que se assimilam pelos sentidos, sempre com respeito à diversidade e levando em consideração o princípio da igualdade", defendeu o pesquisador, que desenvolve há vários anos estudos de recepção com crianças, considerando-as como membros de uma família, uma escola e uma cultura. Orozco alertou ainda que nenhuma escola está capacitada para essa "alfabetização" dos meios. Segundo ele, no México por exemplo, 60% dos que egressam da escola primária, não sabem ler nem escrever. "Como uma escola que não cumpre seu papel básico pode pensar em alfabetização para os meios?", questionou.
Polêmica posta foi a vez de Pierre Frémont, do Clemi (França), mostrar como a escola pode, em parceria com os meios de comunicação e apoio do governo, fazer essa educação para a mídia. "Temos a Semana da Imprensa, realizada há 15 anos na escola e, durante esse período, os meios disponibilizam exemplares do dia e jornalistas visitam as escolas onde são solicitados", lembrou Frémont que também destacou as publicações e trabalhos originados desse projeto como revistas para professores e jornalistas com leituras críticas dos meios feitas pelos alunos. O pesquisador fez questão de ressaltar que o trabalho é centrado prioritariamente sobre uma dimensão política, no sentido de participação na vida de uma sociedade democrática. "Temos um forte interesse pelo tema do pluralismo", disse.
O relato de projetos desenvolvidos com populações marginalizadas e minorias ficou a cargo de Kathleen Tyner, da Universidade de Austin e consultora da Hi-Beam Consulting (EUA). Ela trabalha numa perspectiva de alfabetização dos meios e defendeu a participação das crianças e adolescentes não só na análise dos meios, mas também na sua produção. "A alfabetização por si só não garante democracia, mas sem ela não há democracia, estamos perdidos", sentenciou. Ela defendeu ainda uma mídia autêntica, que mostre diferentes representações e vozes como condição de uma sociedade mais igualitária. Segundo a consultora, a razão da decadência da mídia norte-americana é justamente o fato dela não estar divulgando essa diversidade. "Temos histórias diferentes, em locais diferentes, com personagens diferentes e há uma exclusão da produção de comunicação, no mundo inteiro, para esse público", criticou Kathleen.
Presidente da Associação Italiana de Media Education, Roberto Gianatelli criticou o fato dos governos, em geral, não estarem interessados no estudo dos meios e cobrou mais envolvimento da sociedade. Ele destacou a possibilidade da mídia ser uma grande ferramenta de promoção da justiça e da democracia e sugeriu algumas perguntas que considera fundamentais para quem quer trabalhar com mídia e educação: "Por que ensinar mídia? O que ensinar sobre mídia? Educação para a mídia é base para a democracia?". Gianatelli, que também falou sobre a origem do termo Media Education, destacou a importância de se ter muito claro o que se quer alcançar com essa educação: "Precisamos saber o que queremos para que os alunos garantam uma autonomia crítica e possam exercer uma cidadania responsável". Ele defendeu ainda que a educação para a mídia leva os jovens a adquirirem um ingresso para uma vida mais significativa e cidadã.

Relatoria: Cristiane Parente - Jornalista Amiga da Criança

11.12.05

 

Consumidores não se medem aos palmos

Um artigo interessante que veio no Diário Económico, onde se pode ver como a publicidade e alguns media vêem as crianças como consumidores e alvos ("targets") na sua comunicação.



São de palmo e meio mas a sua opinião é muitas vezes determinante. As crianças são consumidores exigentes que reclamam linguagens e estratégias específicas. Muitas marcas estão em campo para conquistar miúdos e convencer graúdos.

Mais do que “potenciais consumidores” as crianças são agora “consumidores” no pleno sentido da palavra. Para os conquistar há que usar todas as armas de sedução, no entanto, não se pense que esta é uma tarefa fácil! Estes pequenos clientes são tão rápidos a aprovar um produto como a rejeitá-lo.
Maria Morais Leitão, directora da Zero a Oito, uma empresa especializada em marketing infantil - que conta com clientes como o Funcenter, a Olá, o Batatoon e o Modelo e Continente -, assegura que as crianças são “um ‘target’ muito exigente que quando não gosta rejeita, não há a análise que existe com os adultos”. Subdividido em diferentes grupos etários, este público-alvo representa uma dificuldade acrescida já que às diferentes idades correspondem distintas formas de percepção. “São muito diversificados, porque cada idade tem um determinado tipo de características”, explica Maria. Foi esta diversidade que levou a Danone a optar por duas estratégias e duas caras diferentes para divulgar os seus produtos dirigidos ao ‘target’ infantil. O Uaga e o Dinossauro Azul - mascote dos iogurtes Dononinho - representam duas linhas de comunicação, a primeira para crianças a partir dos seis anos e a segunda para os mais novos. Madalena Alves, marketing manager das marcas Danone para crianças, lembra que é importante não descurar a influência que a mãe tem num ‘target’ mais infantil. Neste sentido, a empresa de iogurtes está a recuperar uma promoção, levada a cabo no ano passado, e que consiste na oferta de imanes para o frigorífico em forma de letras. “É uma forma de ensinar divertida para a mãe e uma maneira divertida de aprender para as crianças, desta forma pretendemos conquistar os dois”, justifica Madalena Alves.
Comunicar com os pequenos consumidores é tudo menos uma “coisa de miúdos”, Maria Morais Leitão chama a atenção para a necessidade de tornar a comunicação divertida, “não podemos fazer uma comunicação simples, temos de a pensar como um processo lúdico”.

Minha mascote, meu amigo

“Associar a marca a uma personagem que eles gostem é uma boa opção.” Esta é não só a opinião de Maria Morais Leitão, mas também de muitas marcas que criaram mascotes próprias ou se associaram aos bonecos mais populares entre os infantes. Exemplo disso foi o catálogo de moda La Redoute, que associou alguns dos seus produtos ao Batatoon e às personagens da Olá, também elas criadas para promover a marca de gelados. De resto, o Batatoon, que começou por ser o nome de um programa infantil da TVI, acabou por se tornar o mote para o lançamento de uma série de produtos, entre revistas, peluches e material escolar. Para Maria Morais Leitão, o segredo do sucesso da personagem Batatinha teve a ver com o retorno à linguagem do circo por contra ponto ao “estilo Pokémon” (para os que nunca ouviram falar, é um desenho animado japonês ligado a um imaginário futurista e tecnológico). Em representação do Uaga e do Dinossauro Azul, Madalena Alves defende que, para terem sucesso junto das crianças, estas personagens precisam de ser “fortes, amigas e conseguir divertir”.
Para cair nas graças dos miúdos é necessário ter bem presente a importância da coerência na mensagem, “tem que haver uma consistência entre a marca e a linguagem utilizada. Quando se trata do Batatoon tem de haver palhaçada e divertimento, já a Leopoldina é uma personagem mais maternal e ternurenta”, afirma a directora da Zero a Oito. Maria Morais Leitão desmistifica, ainda, a ideia de que quando se trata de crianças tudo deverá ser colorido, recorrendo ao exemplo das caixas de magia que serão lançadas com o nome do ilusionista Luís de Matos: “Essa coerência dita que, neste produtos, haja alguma ausência de cor.”

Mãe eu quero!!!

Não há como fechar os olhos! A influência dos filhos nas decisões de compra dos adultos está à vista de todos, mães e pais consultam as crianças na hora de planear as actividades e permitem-lhes ajudar a escolher a que restaurante ir ou onde passar as férias. Além disso, dificilmente os pequenos abdicam da escolha do seu lanche e dos brinquedos.
No que respeita a alimentos, roupa, produtos de beleza, artigos escolares e tecnológicos os pequenos têm, frequentemente, voto na matéria. Estudos de empresas americanas (Pen, Schoen & Berland, Intelliquest e NPD Group) indicam que as crianças influenciam 43% das compras dos seus pais. Maria Morais Leitão acredita mesmo que “a influência das crianças no processo de decisão familiar é uma das grandes modificações dos nossos tempos”. A ‘marketer’ refere um estudo da Deco que indica que os pais passam cada vez menos tempo com os filhos e que o consumo de alguns produtos para crianças resulta de uma tentativa de compensação por esse facto.
Já a Marketing Manager da Danone vai mais longe, afirmando que as “as crianças decidem cada vez mais cedo”. Ainda assim, a palavra final continua a ser dos país, principalmente até à entrada das crianças para a escola primária, “até aos cinco e seis anos todas as decisões de compra são feitas pela mãe”, confirma Madalena Alves. “ Os pais não podem ter a sensação de que os miúdos estão a ser utilizados comercialmente. É preciso que sintam que aquele produto terá, de alguma forma, algo de bom para a criança porque lhe ensina alguma coisa ou simplesmente porque a faz sorrir” diz Maria Morais Leitão. Por este motivo, muitas marcas têm procurado associar-se a eventos desportivos ou pedagógicos. Seguindo o ditado popular: “quem meus filhos beija, minha boca adoça”, algumas cadeias de hipermercados criaram clubes para crianças (ver caixa) e marcas de produtos alimentares organizam eventos desportivos.

Caixinha mágica e eficaz

“Embora lá em casa não houvesse grande encanto pela publicidade, para surpresa nossa, quando no fim de cada programa baixávamos o som da televisão, os miúdos vinha a correr de qualquer sítio onde estivessem, motivados pela publicidade. Mais tarde, percebi que eles tinham razão. Não do ponto de vista dos conteúdos, mas do ponto de vista estético e técnico há uma qualidade superior na construção dos anúncios”. Foi esta constatação que serviu de mote ao trabalho “A televisão no quotidiano das crianças”, realizado por Manuel Pinto, professor na Universidade do Minho. O estudo levou-o a acreditar que, apesar de importante, por si só o ‘input’ publicitário não é suficiente para produzir resultados no comportamento das crianças, “são necessárias outras condições, o efeito é mais efectivo quanto mais isolada estiver a criança”, explica.
Inquestionável, o impacto da televisão torna-a no mais forte e imediato meio de divulgação. Maria Morais Leitão está convicta de que a televisão é “de longe” o veículo mais forte, “com resultados mais rápidos e imediatos”, reitera. A mesma ideia é defendida por Madalena Alves que sublinha “para conseguirmos números acabamos por ir para a televisão”.
No seu estudo acerca das crianças e da televisão, a Deco concluiu que para promover os produtos são utilizadas algumas estratégias, como brindes, desenhos animados e a imagem da mãe. Um terço dos anúncios recorre a desenhos animados, na mesma proporção existem anúncio cuja mensagem nutricional pode ser interpretada de forma a levar a comportamentos errados. A Deco refere, ainda, que marcas como Kinder, Nestlé, Sunquik, Phoskitos e Um Bongo utilizam como estratégia apresentar a mãe a aprovar e recomendar estes produtos às crianças.

Clubes de crianças para atrair adultos

Os clubes para as crianças são uma estratégia assumida pelas principais empresas de distribuição. Oferecem brincadeira, educação, brindes e são um excelente instrumento de fidelização de clientes. O Jumbo formou o clube Rik e Rok, o Carrefour fundou o Clube da Malta e a Modelo e Continente, delegou à Leopoldina e à turma do Modelo a função de atrair as crianças para as suas superfícies. Estes são investimentos que comprovam a importância do ‘target’ criança. Afinal, um dos melhores caminhos para chegar até aos pais será sempre conquistando os mais pequenos.

Coisas sérias a brincar

A campanha do MG Mini, um produto do Montepio Geral para crianças, é o exemplo de uma estratégia que integra personagens, brindes, componente pedagógica e comunicação lúdica. O MG associou-se ao Noddy, que pela sua grande aceitação junto ao público infantil justificou a escolha. Fonte oficial da instituição bancária lembra que “o facto do número de filhos, por família, ter diminuído em Portugal tem aumentado o protagonismo das crianças no seio das famílias”. Para conquistar os mais pequenos, a subscrição de cada um dos produtos que integram a oferta MG Mini dá direito a vários prémios (figuras do Noddy em cromos coleccionáveis numa caderneta e um mealheiro). “À medida que as poupanças na conta a prazo vão crescendo, as crianças ganham livros, CDs e bicicletas do Noddy”. Fugindo aos efeitos da “caixinha mágica”, o MG optou por fazer a divulgação do produto na imprensa e na rádio e levou ao palco, em Lisboa e no Porto, uma peça de teatro dirigida às crianças, que relata as aventuras do Pelicano Zezé e do Pinguim Loris.

Obesidade: será culpa da publicidade?

A Organização Mundial de Saúde alertou para a ligação entre a publicidade dirigida às crianças e o aumento da obesidade no segmento infantil. Neste mesmo sentido, um estudo da Deco veio dizer que “aquilo que as crianças menos devem consumir é o que mais passa nos anúncios”. De acordo com a associação de defesa do consumidor, “durante a programação infantil a maioria dos anúncio mostra bolos, bolachas, cereais de pequeno-almoço açucarados e aperitivos salgados”.
A abundância de publicidade “pouco saudável” motivou a Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN) a desenhar um código com regras no que toca à publicidade dirigida a menores. O documento final será apresentado numa cerimónia pública, na última semana de Setembro, revelou ao DE Barata Simões, secretário-geral da APAN. O código deverá recomendar anúncios que não incentivem o consumo desregrado de produtos alimentares, tendo como directriz o apelo à moderação, afirma o dirigente da associação. Além disso, “há um conjunto de princípios que devem ser respeitados no que se refere às imagens de violência física e psicológica, por exemplo, nas auto-promoções dos canais a filmes, que não devem ser passados nos horários das crianças”, continua. A RTP já confirmou que será subscritora e, de acordo com Barata Simões, tudo indica que os outros canais abertos lhe seguirão os passos. De resto, o dirigente da associação revela que nenhum dos associados levantou qualquer reserva à subscrição do código.

10.12.05

 

Computadores da Câmara de Coimbra não acedem a blogues

Uma notícia interessante que veio hoje no Jornal de Notícias. Espero que o Educar para os Media fosse um dos blogues vistos:)

Os funcionários da Câmara Municipal de Coimbra deixaram de poder aceder aos blogues nos computadores do Município. A decisão foi do vereador Marcelo Nuno, que tutela os Recursos Humanos, e teve o apoio do presidente da Câmara, Carlos Encarnação.

"Os computadores da Câmara são para uso exclusivamente profissional", explicou, ao JN, Marcelo Nuno, acrescentando que quer os blogues quer os sites com conteúdos referentes a sexo são agora de acesso interdito pelo servidor informático do Município.

Ainda segundo o vereador, mais do que um acesso generalizado àquele tipo de conteúdos, verificava-se que um pequeno grupo de funcionários "não fazia mais nada do que andar todo o dia a ver blogues". Uma situação que motivou a decisão. Em causa, explica, não está o direito à consulta de qualquer tipo de conteúdos específicos (este ou aquele blogue), mas sim a necessidade de impedir a utilização da Internet na autarquia para outros fins que não os profissionais."Se houver abusos noutra área, faremos o mesmo", assume.

Recorde-se que, como o JN noticiou há algum tempo, a blogosfera conimbricense tem gerado algumas polémicas, mesmo no foro político, registando-se um elevado número de visitas aos blogues onde, quase sempre por anonimato, se comentam situações de carácter político, muitas vezes através de insultos ou ameaças. Num deles, no anterior mandato, terá sido denunciado um caso que culminou, algum tempo depois, com a exoneração de uma vereadora.

 

'É preciso levar as crianças mais a sério nas notícias'

Investigadora Cristina Ponte defende que é dado um tratamento pouco valorizado aos mais novos na Informação. Peças das televisões são o novo alvo de estudo

Na recolha da selecção de notícias e respectivos comentários pedida a uma turma da escola Escola Maria da Luz Deus Ramos, situada no bairro das Galinheiras, Cristina Ponte deparou-se com o reparo de Huvandra, uma miúda de 7 anos, sobre a desadequação da foto em relação ao texto. Huvandra chamava a atenção para o facto de um texto sobre esquizofrenia ter como ilustração uma imagem onde pode ver-se uma criança, quando o texto não falava dos mais pequenos.

A investigadora que se tem dedicado ao tratamento das crianças na Informação recorreu ao exemplo "fresco" - foi ontem apanhar esses trabalhos à escola, no âmbito de uma pesquisa que está a desenvolver - para dizer que nem sempre os meios de comunicação social escutam devidamente as crianças. Na maior parte dos casos, não se traz para a televisão e jornais o seu lado mais perspicaz e inteligente.

"É mais comum serem tratadas segundo o estereótipo da criança ignorante que tem piada. São vistas pelo lado da anedota". A conclusão é deduzida, aliás, da análise que compõe a tese de doutoramento que vai ser publicada em livro (caixa).

"São pouco ouvidos pelos jornalistas e quando isso acontece são feitas citações num contexto jocoso, ou seja, são destacadas as respostas engraçadas", disse a docente, remetendo-se para o exemplo de uma notícia sobre o encontro entre o Presidente da República com alguns miúdos.

Cristina Ponte notou ainda nos trabalhos das crianças da escola dos bairro das Galinheiras, sobretudo habitado por famílias desfavorecidas, o enorme impacto que teve o desaparecimento da "pequena Joana". Nas escolhas dos miúdos, esta notícia teve apenas concorrência do tsunami. À medida que vai avançando a pesquisa no terreno, Cristina Ponte diz que vai fortalecendo a teoria da pouca valorização dos miúdos nas notícias.

Sensibilizar jornalistas

"É preciso levar as crianças mais a sério nas notícias", afirma. Até porque se isso for feito, "elas terão um maior interesse pela Informação. A cidadania dos mais jovens, bem antes dos 18 anos, só teria a ganhar com isso".

Nos países da América Latina, curiosamente, têm vindo a desenvolver-se iniciativas marcadas pelo objectivo de trazer para a agenda dos jornalistas temas relacionados com crianças e de abordagem mais positiva. A pretensão é fazer frente ao tipo de notícia mais comum, que liga, com frequência, o adolescente à delinquência e a outros dilemas sociais.

Para corrigir a tendência detectada, Cristina Ponte fala na necessidade de sensibilizar os jornalistas.

Nota: Apesar de ser de Março, trazia agora este apontamento que tinha em arquivo, com material da Agência Lusa e do Jornal de Notícias.

9.12.05

 

Estudo: Jogos de vídeo com violência - recompensa aumentam comportamentos agressivos


De acordo com investigadores da Iowa State University, nem todos os jogos de vídeo são iguais. Quando a violência é recompensada nos jogos de vídeo (através de pedido ou através de uma pontuação maior), a hostilidade e o pensamento agressivo aumentam. Contudo, quando o comportamento violento é punido no contexto do jogo, a hostilidade é aumentada para o mesmo grau mas pode afectar menos os pensamentos e comportamentos agressivos, informaram os investigadores na edição de Novembro do Psychological Science, a revista da American Psychological Society. Eles também reportaram que os participantes que jogaram quer a violência-recompensa quer a violência-punição eram registados neles mais pensamentos de hostilidade do que os participantes que jogaram jogos de vídeo não violentos.

8.12.05

 

Anúncios de publicidade na Tv maus para a saúde das crianças


A maior parte da publicidade para as crianças promove escolhas pouco saudáveis e o governo devia avançar se a indústria falhar em melhorar a situação, um relatório de especialistas norte-americanos alertou na passada terça-feira.

"Existe uma forte evidência que a publicidade televisiva influencia as dietas das crianças com menos de 12 anos", disse o Dr. Michael McGinnis, um investigador do Institute of Medicine, que conduziu o estudo.

Os dados obtidos também sugerem que o marketing pode conduzir a altas taxas de gordura corporal, embora novas investigações sejam necessárias para demonstrar uma relação directa de causa e efeito entre a publicidade e a obesidade infantil. "As comidas publicitadas são predominantemente altas em calorias e baixas em nutrientes", afirmaram também os investigadores.

O painel de cientistas também apelou para a necessidade de se realizarem campanhas para educar as famílias sobre comidas saudáveis, directrizes nacionais para a comida oferecida nas escolas e a uma auto-regulação por parte da indústria (se tal não funcionar, o governo deverá obrigá-los a publicitarem escolhas de comidas e estilos de vida saudáveis).

Em conclusão, referia que este relatório foi feito por 16 membros de um comité constituido por membros dos campos da nutrição, desenvolvimento infantil, psicologia, políticas alimentares, lei constitucional, ética empresarial e marketing do consumo, os quais reviram 123 estudos abrangendo 3 décadas. Entre os principais resultados do IOM:

- Existe uma forte evidência que a publicidade televisiva influencia as preferências de comidas e bebidas. Contudo, não existem suficientes provas que os anúncios influenciam a faixa etária dos 12 aos 18 anos de idade.
- Existem fortes provas que as preferências e pedidos de compra extendem-se ao consumo de curto prazo destes alimentos pelos da faixa etária dos 2 aos 11 anos de idade.
- Estatísticamente, não existem provas fortes de que "a exposição à publicidade televisiva é associada com a obesidade nas crianças dos 2 aos 11 anos e nos adolescentes dos 12 aos 18 anos".

Na internet:
Institute of Medicine

5.12.05

 

As crianças portuguesas e a Tv

Nos primeiros onze meses de 2004, as crianças dos 4 aos 14 anos viram uma média diária de cerca de três horas de televisão, de acordo com os dados da Marktest Audimetria/MediaMonitor.

Na análise de audiências deste target verifica-se que registam sempre valores abaixo da média do universo, excepto no período da manhã. Entre as 8 e as 12 horas, as crianças obtêm valores de audiência média bastante acima do universo. Com 10.5% de audiência média, estão 69.4% acima do valor do universo, que se situa nos 6.2%.

Clique aqui para ver o resto do estudo.

3.12.05

 

A Criança e a Televisão


Na postagem anterior já vimos que a televisão no quarto das crianças pode afectar o seu resultado escolar.

De acordo com outros 2 estudos recentemente apresentados, novas provas têm sido apresentadas que os hábitos de consumo televisivo por parte das crianças podem ter um efeito negativo nos seus resultados escolares ao longo da sua vida, de várias formas.

- Crianças que vêem mais televisão entre as idades dos 5 aos 11 têm menos possibilidades de obter um curso superior.
- Cada hora diária de televisão antes dos 3 anos era associada com resultados mais baixos nas idades de 6 e 7 anos.


O consumo excessivo de televisão entre as crianças também tem sido ligado a um maior risco de obesidade e de comportamentos violentos.

Neste 1º estudo, investigadores da Nova Zelândia seguiram os hábitos de consumo de televisão de cerca de 1 000 crianças durante cerca de 15 anos e depois recolheram informação sobre os seus resultados educativos na idade de 26 anos.

O estudo demonstrou que o número médio de horas que as crianças passaram a ver televisão na infância era um forte factor de previsão do seu nível de escolaridade no futuro.

Por exemplo, as crianças que viram menos horas de televisão entre as idades dos 5 e 11, tinham mais possibilidades de concluirem um curso superior do que as que viram mais televisão.

Mais ainda, as que viram mais televisão enquanto adolescentes eram mais propensas a abandonar a escola sem um diploma ou qualquer qualificação.

Os investigadores concluiram que estes efeitos de ver televisão nos resultados escolares mantinha-se significativo, não importando a inteligência da criança, a situação sócio-económica da família e eventuai problemas comportamentais na infância.

Televisão em demasia muito cedo prejudica o desenvolvimento


No 2º estudo, que pode ter um particular interesse para pais que pretendem aderir ao recente canal para bébes, o Baby tv, os investigadores examinaram os efeitos de ver televisão numa idade muito precoce no desenvolvimento cognitivo da criança quando é mais velha.

Os investigadores concluiram que cada hora de televisão vista antes dos 3 anos era consistentemente associada com resultados mais baixos nos 3 testes de desenvolvimento realizados nas idades de 6 e 7 anos.

Contudo, ver televisão nas idades entre os 3 e os 5 anos parecia ter um ligeiro efeito benéfico nos testes sobre leitura e memória recente nas idades dos 6 e 7 anos (apesar de, como referido pelos autores, estes serem as mais básicas das capacidades cognitivas de desenvolvimento testadas no estudo, o que pode indicar que estes efeitos benéficos sejam muito limitados).

Para concluir, referia que num editorial a acompanhar estes estudos, é dito que embora estas investigações geralmente mostrem que as crianças verem muita televisão tenha um efeito negativo no seu futuro académico, mais estudos são necessários sobre os efeitos dos tipos específicos de conteúdo televisivo nas crianças.

Fontes: Borzekowski, D., Hancox, R., Zimmerman, F. Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, Julho de 2005; vol 159: páginas 607-613, 614-618, 619-625. Anúncio da Stanford University.

 

Televisão no quarto das crianças afecta os seus resultados escolares


As casas norte-americanas com crianças têm uma média de 2.8 televisores. 97 por cento desses lares têm um ou mais aparelhos de vídeo ou dvd. Dois terços têm pelo menos um computador.

Se você acha que os miúdos americanos estão saturados de media, você está certo. Mas se um estudo conduzido pela Bloomberg School of Public Health, da Johns Hopkins University também estiver certo, não é a quantidade que interessa: é onde as crianças estão a ser saturadas.

"Nós olhamos para a forma como os miúdos utilizam os media e como isso eatá relacionado com os seus resultados académicos", disse Dina Borzekowski,a autora de The Remote, The Mouse, and the No. 2 Pencil, um trabalho de investigação publicado em Julho no Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine. "Nós tivemos uma conclusão clara: as crianças que têm televisão no seu quarto têm resultados piores, academicamente, do que as que não têm."

Ou seja, mesmo tendo em conta as limitações do estudo, recomenda-se aos pais que não permitam televisões nos quartos dos filhos ou que as retirem se elas já estiverem presentes.

O que surpreende mais neste estudo é que nós sempre pensamos que se trata de uma questão de quanto tempo as crianças passam (consomem) em frente à televisão, mais do que o próprio ambiente media. Mas neste estudo, esse não foi um grande factor.

De referir ainda que os melhores resultados escolares foram obtidos pelas crianças com acesso a um computador e sem tv no quarto.

Leia o trabalho completo no Archives of Pediatrics & Adoescent Medicine

 

Evitar Vírus


Os vírus de computadores são um dos principais riscos quando vais à internet. Hoje em dia, mesmo só ver a página web ou mensagem de correio erradas pode ser o suficiente para o teu computador apanhar vírus. Aqui estão os dois truques mais conhecidos para apanhar esses bichos no seu próprio jogo.:

Certifica-te que tens programas de protecção de vírus actualizados. Faz uma pesquisa usando as palavras "protecção de vírus" para teres uma lista de empresas que oferecem estes programas, bem como explicações. Antes de escolheres o teu programa de protecção (ou os teus pais), procura saber se a empresa fornece actualizações regulares, para que o teu computador possa estar preparado para lidar com as ameaças mais recentes. Tu podes ter de descarregar essas actualizações a partir do sítio da empresa e instalá-las tu próprio.

Quando receberes um e-mail ou uma mensagem instantânea com anexos, de uma pessoa que não conheces, não cliques nesses documentos. E mesmo que seja de alguém que conheças, faz sempre um exame com o teu programa de protecção de vírus, antes de os abrir.

(Fim. 10 de 10)

2.12.05

 

Evita o Spam (Lixo)



E-mail não desejados podem ser no início bastante irritantes mas não demora muito a serem um gorila de 100 quilos a encher a tua caixa de correio. Utiliza estas dicas para ajudares a emagrecer esse gorila:

Pede aos teus pais para criarem um endereço de correio electrónico para "descartável/deitar fora" para que o possas usar quando tiveres de te registar em sítios ou para fazer compras online. Deixa o spam ir todo para esse endereço, para que o teu principal endereço possa ser seservado para os amigos e a família.

Não respondas à pessoa que envia o spam. Muito frequentemente, as mensagens de spam fazem convites tipo "Para deixar de receber estas mensagens, responda para:" seguidos de um endereço de e-mail. Frequentemente, isto só confirma que o teu endereço de e-mail está activo, dando a essas pessoas precisamente o que elas queriam.

Utiliza programas de e-mail para filtrar endereços que não reconheças. Lê a secção de ajuda do programa para descobrires como enviar correio não desejado directamente para o lixo.


(Continua... 9 de 10)

1.12.05

 

Sítio Poisson Rouge , para ensinar inglês às crianças

Apesar de não estar muito relacionado com educação para os media, decidi referir este interessante sítio que poderá se rútil para professores do 1º Ciclo ou pais que tenham alunos a aprender inglês, uma matária agora obrigatória nas escolas primárias portuguesas.

Este colorido sítio é designado para ajudar as crianças mais novas a desenvolverem o controlo do rato, explorar o alfabeto (não só em inglês, como também em francês) e compreenderem os sons iniciais. Elas também irão aprender sobre números, música e muitas mais coisas.

Não é necessário saber já ler pois o site é completamente visual. Experimentem usá-lo num quadro branco interactivo (as escolas que o tiverem). Vai ver como vai ser divertido!

 

Evitar os Provocadores ("Bullies")


O Bullying (Provocações) é um problema tão real na internet como o é na vida real. Na verdade, a internet faz sobresaír o pior em algumas pessoas porque sabem que ninguém sabe como elas são, como se chamam e (por vezes) são incontactáveis. As salas de chat (conversação) e o e-mail são todos usados e abusados todos os dias pelos provocadores da internet. Como é que te podes proteger a ti próprio?

A maior parte dos programas de correio electrónico, de mensagens instantâneas (ex: o Messenger) e as salas de chat têm funções de "ignorar". Se utilizares essa função em utilizadores incomodativos, deixarás de ver qualquer coisa que escrevam. Nos programas de e-mail, procura pela expressão "bloqueie este utilizador" e selecciona-a. Em salas de conversação e programas de mensagens instantâneas, procura as palavras "ignora" ou "bloqueia" e já não vais ter de te preocupar mais com um qualquer palhaço zangado.

Numa sala de chat, ignorar às vezes não é suficiente, porque o utilizador incomodativo pode ainda continuar a abusar com outros utilizadores e pode tornar o ambiente da sala de chat irrespirável. É por isso que é importante utilizar salas de chat monitorizadas (vigiadas). Se alguém te estiver a provocar numa sala de conversação monitorizada, o adulto monitor deve resolver o problema. Se o monitor parecer que não está a fazer nada, chama-lhe a atenção e certifica-te que o assunto fica resolvido. Ninguém quer estar no chat com uma sala cheia de "chateadores" provocadores.

(Continua... 8 de 10)

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