29.3.06

 

Falar de Blogues

NOTA: O autor deste blogue estava convidado para participar mas, infelizmente, devido a um (irritante e desagradável) problema de saúde, tal não será possível. No entanto, os meus sinceros pedidos de desculpas aos organizadores e aos participantes.

Organização: José Carlos Abrantes e Almedina

Falar de Blogues Temáticos
30 de Março, 19:00 horas
Doc Log , Leonor Areal
Margens de Erro , Pedro Magalhães

Os blogues temáticos aparecem com uma credibilidade forte. Muitas vezes são feitos por especialistas que problematizam, em profundidade, um tema.


Na Livraria Almedina Atrium Saldanha, Loja 71 2º Piso Lisboa

23.3.06

 

Uma definição de educação para os media

A capacidade de aceder, compreender e criar comunicações numa variedade de contextos. No seu nível mais simples é a capacidade de utilizar uma variedade de media e ser capaz de compreender a informação recebida. Num nível mais avançado, ela move-se do reconhecer e compreender a informação para o pensamento crítico. (Fonte: Ofcom, que utiliza o termo Literacia para os Media)

 

Educação para os media na Europa

Seguindo um pedido do Parlamento Europeu, a Comissão Europeia está a criar um "grupo de especialistas em educação para os media". O grupo irá analisar e definir objectivos e tendências da educação para os media, realçar e promover as boas práticas a nível europeu e propor acções. As áreas iniciais propostas para o grupo se concentrar incluem a literacia para a publicidade, atenção aos direitos de autor e literacia para os media para os filmes. O grupo é composto por 25 especialistas de educação para os media europeus, incorporando uma mistura de diferentes competências e formações e irá reunir-se 3 vezes por ano. O primeiro encontro terá lugar em 30 de Março de 2006. A comissão planeia lançar uma consulta sobre os resultados do grupo e uma Comunicação sobre Educação para os Media pode seguir-se - bem como outras políticas a nível europeu.

19.3.06

 

Geração Net prefere a televisão

Do Jornal de Notícias:

A Geração Net, conforme são designadas as crianças de hoje, são, afinal, muito mais ligadas à velha caixinha mágica. A estatística, resultado de um estudo levado a cabo pelas empresas APEME, BrandKey e pelo investigador Georg Dutschke, dita que 95% dos seus tempos livres são passados em frente à televisão. Do universo dos 1200 catraios entrevistados, 40% preferem a TV, 33% a internet e 26% ambas.

O estudo - englobado num projecto denominado Fórum Criança, criado no ano passado para perceber as preferências infantis e divulgá-las aos mercados - refere que 76% dos inquiridos preferem ver, na TV, DVD's e vídeos.

A série televisiva "Morangos com Açúcar" é a grande responsável pelo sucesso do velho meio de comunicação. Ou seja, 50% da amostra preferem este programa, contra os 30% que valorizam os desenhos animados e os restantes que se enclinam mais para as novelas.

Ainda assim, o documento demonstra que a "net" é amplamente utilizada à medida que se sobe no grupo etário. Mais de metade dos entrevistados utiliza a internet. Destes, 55% fazem-no pelos jogos, 40% pela recolha de informação para alguma disciplina escolar e 30% pela possibilidade de poder falar online com amigos e colegas de turma.

Mas os meios audio-visuais não têm o monopólio absoluto da atenção dos mais pequenos. Logo depois da televisão, e antes mesmo da internet, a grande preferência vai para andar de bicicleta. Além disso, 77% dos inquiridos referem que uma das suas actividade favoritas é brincar com outras crianças.

Os animais de estimação também fazem parte do universo destes jovens. Metade da amostra refere que tem um. Da outra metade, 80% dizem que gostariam de vir a ter.

Quase todas as crianças, indica ainda o trabalho, gostam de ir às compras com os pais e em diversas categorias de produto são elas que escolhem sozinhas; nas outras, a escolha é feita em conjunto com os progenitores. A roupa é um dos produtos considerados importantes e 25% dizem escolher a sua sem qualquer ajuda; 39% escolhem com os pais e 37% não têm voto na matéria.

Os mais pequenos têm ainda voz muito activa na escolha dos locais para ir comer fora ou para ir passar férias. As conclusões do trabalho referem que os números indicam uma grande vontade de "criar espírito de equipa", por parte dos pais contemporâneos.

O trabalho demonstra ainda que para as crianças as marcas dos produtos que consomem, designadamente, roupas, são importantes. São múltiplas as marcas que são conhecidas por mais de 75% dos entrevistados.

As mascotes e os heróis dos mais pequenitos

Em Portugal, os mais pequenos estão rendidos aos D'Zert. O grupo de actores que davam corpo a uma banda pop na novela "Morangos com Açúcar" tornou-se o símbolo, por excelência, das crianças entre os quatro e os 12 anos.

Depois dos D'Zert, a escolha - bem patente no estudo das empresas APEME, BrandKey e do investigador Georg Dutschke, a ser apresentado amanhã e depois, em Lisboa - vai para o Harry Potter, o pequeno bruxo. Segue-se o casal Matilde e Tiago.

Depois chega o par romântico da primeira série dos "Morangos com Açúcar", a Ana Luísa e o Simão. O futebolista Cristiano Ronaldo aparece logo a seguir, acompanhado da Barbie. Atrás de si, a loira mais famosa do Planeta traz o Digimon, o derémi, o homem-aranha, os incríveis e as witch.

No universo de fantasia dos mais novos cabem ainda algumas mascotes. A Leopoldina é, sem margem para dúvidas, a preferida e a mais reconhecida. Depois das histórias daquela ave vem o ronald macdonald, o sapo, a do m&ms, o quicky, o rick&rok, a mascote do gelado epá, a do chocapic e a do perna de pau.

Curiosamente, e apesar de absorverem esta quantidade de mascotes através da publicidade, os mais pequenos não se dizem muito fascinados pela publicidade. De facto, 48% da amostra dizem não gostar dos espaços publicitários, contra os 51% que gostam.

Interessantes são ainda as respostas que dão sobre o que fariam se tivessem muito dinheiro. A maioria comprava coisas ou dava aos pais. Logo a seguir vem o mealheiro ou o banco como opção.

Este estudo, feito nos últimos seis meses, pretende mostrar aos mercados e aos 12 associados do Fórum Criança, criado no ano passado, as preferências dos mais pequenos e demonstrar que eles constituem um mercado forte.

Um mercado que absorve e adopta ideias e ídolos com alguma rapidez.

16.3.06

 

Especialistas receiam que reprodutores de música portáteis danificam a audição dos adolescentes

Embora ainda faltem provas conclusivas, muitos especialistas suspeitam que a crescente popularidade de reprodutores portáteis de mp3 tais como o iPod está por detrás de um aumento de registos de perda de audição entre adolescentes e adultos. Um estudo revelado o mês passado pela American Speech-Language-Hearing Association indica que 28% dos adolescentes admitem que eles aumentaram o volume da rádio ou tv para que pudessem ouvir melhor e 29% dos adolescentes admitiram que eles frequentemente têem de dizer "O quê?" ou "Huh?" durante uma conversa normal.

(Notícia do Chicago Tribune ).

Pode ver, também, no Diário de Notícias de hoje: Leitores de MP3 podem causar surdez

14.3.06

 

Guia e 'site' alertam para pirataria digital

Do Diário de Notícias:

Um guia que alerta para os perigos da descarga ilegal de ficheiros e um site que dá a conhecer todas as novidades sobre o mundo da música digital, ontem
apresentados em Lisboa, são as duas últimas acções da Associação Fonográfica
Portuguesa (AFP) no combate à pirataria digital.

No panfleto, a ser distribuído em todo o país por escolas, espaços públicos, empresas, é explicado o modo de funcionamento dos servidores de Peer-to-Peer(P2P) e todos os perigos a que os utilizadores estão sujeitos. Os riscos jurídicos mas também de privacidade e segurança, nomeadamente com a instalação automática de vírus, são também explicados num folheto com o título Os Jovens, a Música e a Internet. Nele, é pedido aos pais para que conversem com os filhos sobre a questão dos direitos de autor, além de alertar para o mundo lícito de música na Internet.

 

Clube de Jornalistas - Entidade Reguladora da Comunicação

A Entidade Reguladora da Comunicação, recentemente criada, é o tema em debate no Clube de Jornalistas. Com a presença em estúdio do ministro Augusto Santos Silva, que tutela a comunicação social, Bernardo Bairrão, presidente da Confederação de Meios de Comunicação social, Alfredo Maia, presidente do Sindicato dos Jornalistas, e Rui Cádima, professor da Universidade Nova. Moderação de João Paulo Meneses.

Magazine: Clube de Jornalistas - Entidade Reguladora da Comunicação. A Dois. Quarta 15 às 23h30.

10.3.06

 

Estudo demonstra os benefícios de desligar a televisão

A Stanford University Medical School recentemente conduziu um estudo demonstrando os efeitos prejudiciais que os media violentos do ponto de vista visual - nomeadamente televisão, filmes e jogos de vídeo - têm na actividade do lado esquerdo do cérebro das crianças.

O estudo mostrou que as crianças que estão expostas a grandes quantidades de media visuais perdem quase toda a actividade do lado esquerdo do cérebro. A metade esquerda do cérebro fornece a razão, a lógica e o controlo aos impulsos dos humanos.

O estudo, relizado em duas escolas, demonstrava 50% de diminuição de agressões verbais e uma diminuição de 40% nas agressões físicas, apenas encorajando as crianças a desligarem as suas televisões e vídeojogos.

Thomas N. Robinson, um professor assistente de Medicina em Stanford e o principal condutor do estudo declarou que: "O que isto diz é que existe algo que você pode fazer de uma maneira prática, numa situação de mundo real, e ver os efeitos".

7.3.06

 

Televisão descartada como causa de problemas de hiperactividade na criança


As crianças mais jovens não desenvolvem hiperactividade e problemas de atenção ao passarem horas em frente ao aparelho de televisão, de acordo com psicólogos norte-americanos.

Esta descoberta desmente estudos que sugeriam que o prolongado consumo de televisão entre as crianças podia levar a uma série de problemas comportamentais, tais como Desordem por Défice de Atenção com Hiperactividade (DDAH).

"Nós não estamos a afirmar que ver televisão é bom, mas o que este estudo sugere é que a DDAH tem uma base genética e neurológica e não tem nada a ver com televisão", afirmou a Dra. Tara Stevens, uma psicóloga educacional da Texas Tech University.

Pode ler o artigo completo, em inglês,clique aqui.

6.3.06

 

Os Óscars, os filmes e ter uma inteligência para os media

E os vencedores dos Óscares são... «Crash» («Colisão» na versão portuguesa), recebeu o Óscar para Melhor Filme do ano!

Os Prémios da Academia, vulgo Oscars, reconhecem "a excelência no cinema" e dão às famílias uma oportunidade para conversar sobre um filme ou uma grande actuação. Muitos filmes vencedores dos Óscares (ou nomeados), além da exibição no cinema, estão disponíveis em vídeo ou são transmitidos pelas estações de televisão durante o mês dos Oscars. Embora seja importante para os pais ou professores fazerem primeiro o seu trabalho de casa para terem a certeza que determinados filmes são apropriados para as suas crianças, agora é uma boa altura para ver um destes filmes em família ou na escola e falar sobre o que é que o fez ser tão bom. O que é que gostaram nas actuações, na cinematografia, a música e a história? Qual foi a moral da história?

Espectadores inteligentes podem reconhecer as suas próprias respostas emocionais a algumas das técnicas utilizadas pelos realizadores e as famílias que falam e partilham as suas opiniões sobre filmes excelentes estão no bom caminho para serem famílias com uma melhor compreensão para os media. Este processo também ajuda as crianças a desenvolverem uma verdadeira apreciação dos filmes, ao invés de serem simples espectadores passivos.

Nas últimas semanas estrearam-se em Portugal uma série de filmes candidatos (e, hoje, vencedores) aos Óscares - de Brokeback Mountain a Munique, ou a Capote - e que, pelos temas polémicos e pelo debate que provocam, estão a atrair muita gente às salas de cinema.

5.3.06

 

Leitura frequente de jornais associada aos bons resultados dos alunos na escola

De acordo com o jornal Público, o estudo foi realizado na Finlândia, o país da OCDE onde os jovens de 15 anos revelam mais competências a matemática, leitura e ciências.

3.3.06

 

Televisão para crianças mais violenta que programas para adultos, afirma um estudo


Pedindo aos pais para serem "extremamente vigilantes", L. Brent Bozell III, o fundador e presidente do Parents Television Council, dos Estados Unidos, divulgou um estudo que afirma que os programas direccionados às crianças são mais violentos do que os programas para adultos. A programação infantil tinha uma média de 6.3 actos de violência por hora, comparado com 4.71 desses incidentes na programação primetime, revelou o estudo.

"Os pais têem por garantido que os programas infantis são, por definição, amigos das crianças. Embora grande parte da programação de entretenimento para crianças seja perfeitamente saudável, os pais têm no entanto de se preocupar com a parte que não é apropriada. Esta tendência perturbadora significa que os pais não podem continuar a confiar que as suas crianças não terão acesso a vilência, referências sexuais ou linguagem ofensiva no entretenimento direccionado para os jovens.", disse o presidente do PTC.

Para ter acesso ao estudo do PTC, clique aqui.

2.3.06

 

Informática para todos os docentes do 1.º ciclo - Uma anedota?

Considero uma total anedota a proposta do Ministério da Educação, o chamado programa Informática para todos os docentes do 1.º ciclo.

Reparem que vão gastar 5,3 milhões de euros para esta acção seja levada aos cerca de 30 mil docentes do 1.º ciclo, visando ensinar a criar e nomear uma pasta; digitar, gravar e imprimir um texto; aceder à world wide web; entrar num motor de busca; pesquisar sobre um tema dado e imprimir páginas; ler uma mensagem e imprimi-la; enviar uma mensagem, anexando um texto. Coisas difícilimas, não haja dúvida.Só mesmo em Portugal para tratar os professores como ignorantes digitais, passando-lhes um autêntico atestado de incompetência pois são actividades extremamente fáceis e ainda se anuncia esse facto como se fosse um grande feito... E nem ensinam a fazer blogues!

Vá lá que, de acordo com o Jornal de Notícias, teremos um Programa mais exigente a partir de Setembro.

Coloco aqui o artigo publicado no Diário de Notícias:

Todos os professores do 1º ciclo vão ter acesso a acções de formação em informática até Junho deste ano lectivo. Serão destacadas equipas das Escolas Superiores de Educação (ESE) para visitarem pelo menos quatro vezes cada uma das 7500 escolas existentes, ministrarem formação em tecnologias de informação e, no final, fazerem um teste de uma hora a cada professor para que essa competência lhes seja certificada.

Os protocolos para que esta acção seja levada aos cerca de 30 mil docentes do 1.º ciclo serão hoje assinados pela ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, e pelas ESE dos 18 distritos do continente (na Madeira e nos Açores as escolas estão sob a tutela dos governos regionais). Estará também presente o ministro da Ciência e do Ensino Superior, Mariano Gago, responsável pela canalização de 5,3 milhões de euros do POSI (Programa Operacional para a Sociedade de Informação) para o projecto. Aliás, cabe a Mariano Gago o lançamento em 2001 deste projecto: sucede que só agora será executado em larga escala.

A ideia-chave do programa é fornecer aos professores informação básica de manuseamento de computadores e de utilização da internet. Nada de sofisticado, como provam os conteúdos previstos para o teste de uma hora a que se terá de sujeitar quem quiser ficar com as competências informáticas reconhecidas. São sete os pontos que terão de dominar: criar e nomear uma pasta; digitar, gravar e imprimir um texto; aceder à world wide web; entrar num motor de busca; pesquisar sobre um tema dado e imprimir páginas; ler uma mensagem e imprimi-la; enviar uma mensagem, anexando um texto.

Depois da instalação de computadores e de ligação à banda larga nas escolas, colocou-se ao Governo a prioridade de todos os professores terem uma base comum a partir da qual poderiam orientar os seus alunos. Ainda antes da assinatura dos protocolos de hoje, várias ESE começaram a seleccionar e a preparar as equipas de monitores que irão levar a formação à escolas, estabelecendo objectivos e metodologias. E, pelo menos no caso de Aveiro, as equipas já iniciaram as suas acções de formação.

Após este primeiro round pelas escolas até Junho é intenção dos ministérios da Educação e da Ciência continuarem com programas idênticos nos próximos anos lectivos.

 

Falar de Blogues

Organização: José Carlos Abrantes e Almedina

Falar de Blogues: Feminino/Masculino
3 de Março, 19:00 horas
A Origem das Espécies , Francisco José Viegas
Controversa Maresia , Sofia Vieira
Geração Rasca , André Carvalho
Rititi , Rita Barata Silvério

Continuamos a discussão iniciada em 2005: haverá mesmo diferenças entre blogues femininos e masculinos? Que diversidade se pode encontra nos blogues assinados por mulheres?

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