30.6.06

 

Russian Association for Film and Media Education

Pedido por email feito por Alexander Fedorov (Russia), em inglês:

Dear colleagues,

The Russian Association for Film and Media Education invites you (as an
expert in the field of a media education/literacy) to take part in a
survey. The analysis of the results will be published in the Russian
magazine "Media Education" which (since 2005) has been published with the
support of the Russian Committee of the UNESCO Program “Information for
All”.

Russian Association for Film and Media Education

Questions for experts

1. What is the present condition of media education/literacy
development in your country? What are the main achievements, failures, and
problems?

2. Have any new tendencies in media education appeared in your country
in the 21st century?

3. Could evidence from foreign experience help the development of
media education in your country? If yes, which country’s experiences would
be useful? ? And how might it help?

4. Can modern media criticism become the ally of movement of media
education? If yes, how?

5. Is it essential to introduce compulsory integrated or specialist
media education courses in curricula of mainstream schools? Or would it be
better to set up informal courses for general audiences?

6. Are there specialist “Media educator” courses in higher education in
your country? If not, why? If yes, what kind(s) of courses are there
and how were they set up?

7. What prospects are there for the development of media
education/literacy in your country in the foreseeable future? What, in your opinion,
are the essential first steps?

We also ask you to provide some information about yourself (your name,
country, city, school/university, position, academic degree).

Please, send your answers to e-mails:

tina5@rambler.ru deadline for answers is Aug. 1, 2006

Best wishes,
Prof. Dr. Alexander Fedorov,
President of Russian Association for Film & Media Education
http://edu.of.ru/mediaeducation (Russian and English versions)
http://www.mediaeducation.boom..ru (English Version),
Editor of Russian Journal 'Media Education':
http://www.ifap.ru/projects/mediamag.htm
Expert of Russian Committee of
the UNESCO Program 'Infomation for All' (www.ifap.ru),
Also Media Education Webs:
Media Education on the UNESCO Moscow Office:
http://www.unesco.ru/eng/pages/bythemes/stasya29062005124316.php
(English Version)

20.6.06

 

Um novo toque do telemóvel que os professores não conseguem ouvir


Alguns estudantes nos Estados Unidos e Reino Unido estão a a dar a volta à proibição das escolas em não se poder usar o telemóvel ao descarregarem um toque que tem um som muito elevado para a maioria dos adultos ouvir. Isso permite que os adolescentes recebam alertas de mensagens de texto.

De acordo com a CBS, os estudantes estão a utilizar um novo toque para receberem mensagens durante as aulas - e muitos dos professores não conseguem ouvir o toque.

Ou seja, alguns estudantes estão a descarregar da internet um toque de telemóvel que não consegue ser ouvido pela maioria dos adultos. Com ele, os alunos da secundária conseguem receber alertas mensagens de texto (SMS) nos seus celulares sem que o professor saiba.

Isto porque, à medida que as pessoas vão envelhecendo, muitas desenvolvem o que é conhecido por envelhecimento do ouvido - uma perda da capacidade de ouvir sons de alta frequência.

Para ler o artigo da CBS, clique AQUI.

E você, consegue ouvir este toque? Clique AQUI para uma demonstração de 10 segundos.

 

A Televisão (os seus perigos) e a Criança

Uma postagem colocada no blogue Irreal TV:

Damos agora destaque a um trabalho de grande importância publicado por Clara Viana, na Pública de 26.9.04, intitulado "O cérebro deles estará a mudar?". Optamos, com a devida vénia à autora, por colocar no Irreal TV algumas das passagens mais importantes do texto, que é, de certo modo, um alerta público, sobretudo quando se quer fazer passar a ideia de que a 'Baby TV' é um bem caído dos céus...

Para já, o 'lead': «Os problemas de atenção passaram a ser a nova marca das crianças e jovens. Um estudo recente, ignorado em Portugal, põe em causa a explicação genética. A exposição muito precoce aos écrãs, sobretudo à televisão, com as suas muitas imagens rápidas e variadas, poderá estar a condicionar o seu cérebro a só aceitar um alto nível de estimulação. “Formatados" pela velocidade e pela fragmentação, existirá já um fosso irremediável entre eles e uma escola que lhes exige o que já perderam. Neste cenário intervém a omnisciente Ritalin (Ritalina, na gíria portuguesa), a anfetamina que, por receita médica, milhões de crianças em todo o mundo estão a tomar por conta da desatenção.»

«(...) nos EUA foi dada como testada uma relação entre a exposição precoce à televisão e os problemas de atenção que, nos últimos anos, parecem estar a tomar de assalto as crianças e jovens do mundo desenvolvido. "Não é possível saber se o crescimento da desordem por défice de atenção e hiperactividade é real, ou se é motivado pelo maior conhecimento da desordem. Mas existem razões para acreditar que, na primeira infância, os factores ambientais são importantes no desenvolvimento da desordem. Deste modo, a televisão pode muito bem ser um desses factores", comentou à Pública o pediatra norte-americano Dimitri Christakis. Foi ele que liderou o estudo do Child Health Institut, da Universidadede Washington, que veio dar uma primeira grande resposta afirmativa à questão, abanando assim a abordagem genética do chamado défice de atenção, ainda a preponderante nos EUA, em Portugal ou em mais meio mundo.»

Não era por acaso que Michel Foucault dizia que a loucura era um 'facto de civilização'... Muito há, pois, a pensar, para além das 'razões' genéticas.

«(...) Cristakis e a sua equipa pegaram numa amostra de mais de duas mil crianças com um e três anos de idade e seguiram-nas até por volta dos sete. O que foi feito do seguinte modo: quando os miúdos tinham um ano perguntaram aos seus pais quantas horas viam eles televisão; fizeram o mesmo quando chegaram aos três anos e depois, quando já tinham sete, as questões aos pais incidiram sobre a capacidade de atenção dos observados, sobre a capacidade para se concentrarem, sobre se eram impulsivos ou se se distraíam facilmente. Para além destes questionários foram levadas em linha de conta variáveis como a depressão materna, a estimulação cognitiva e o apoio emocional, entre outras.

«Principal conclusão do seu estudo, publicado na revista "Pediatrics": independentemente do que vê- os conteúdos não foram tidos em conta - uma criança antes dos três anos que veja duas horas de televisão por dia tem mais 20 por cento de probabilidades de desenvolver problemas de atenção do que outra que não tenha sido tão exposta à mesma televisão. Sendo que, como também revela a sua investigação, nos EUA uma criança de um ano vê, em média, 2,2 horas de televisão por dia e uma de três chega quase às quatro horas. EmPortugal, esta contagem só tem sido feita a partir dos 4 anos. No ano passado, os que tinham entre esta idade e os 14 anos, despendiam a ver televisão uma média de 179 minutos por dia - quase três horas.

«Christakis explica o que se poderá estar a passar: "Nos primeiros três anos de vida está em curso um desenvolvimento crucial do cérebro, especificamente as conexões entre neurónios. Aquilo a que chamamos sinapses do cérebro estão a formar-se. É uma espécie de montagem da mente que está a ocorrer naquele período. (...)

«Frente à televisão, geralmente a sós, as crianças estarão a ser sujeitas precisamente a uma sobre-estimulação visual, dada sobretudo a velocidade com que se sucedem as imagens e a sua diversidade, que é hoje a própria matéria dos media electrónicos. Esta exposição aos écrãs - que começa na televisão e se prolonga depois nos jogos de computador, "game boy", internet, etc. - poderá ter já "condicionado o cérebro a um alto nível de estimulação", como sublinha o pediatra norte-americano

«A psicóloga educacional Jane Healy, que há mais de 10anos tem vindo a alertar para os efeitos do uso excessivodos media electrónicosna mente das crianças, admite que este processo induziu já alteraçõesno funcionamento do cérebro:"Temos que aceitar e capitalizar o facto de as crianças de hoje serem portadoras de novas competências apropriadas a este novo século. A mudança que constatamos nas nossas crianças pode ser a parte visível de uma mudança na inteligência humana, traduzida numa progressão para formas de pensar mais imediatas, visuais e tridimensionais". A ser assim, e é esta uma porta também aberta pelo estudo liderado por Christakis, o estado de desatenção em que hoje vivem tantas crianças e jovens seria, não o sintoma de uma doença, mas sim uma marca geracional, ou até mesmo civilizacional. O que tornaria insuperável o fosso já existente entre eles e o sistema de ensino prevalecente nas nossas sociedades. As escolas mais não estariam hoje do que a exigir-lhes o que eles já perderam, ignorando o que entretanto ganharam.»

16.6.06

 

Informação televisiva fomenta diálogo familiar

Do Diário de Notícias de hoje:

"Já foi considerada uma das epidemias do século XXI, geradora de solidão e de vazio emocional. Mas a verdade é que a televisão, elemento integrante do dia-a-dia da maioria dos indivíduos, está na base de novos padrões de relacionamento familiar. E "contribui significativamente mais para o aumento de interacções positivas do que para o surgimento de tensões familiares", re- vela a tese realizada por Daniela Carvalho Gonçalves sobre A Televisão e as Interacções Familiares: Um Estudo Empírico na Cidade de Lisboa.

Para a investigadora, a percepção de que "vivemos numa sociedade mediática, onde os media, em geral, e a televisão, em particular, são considerados por muitos sociólogos os novos agentes de socialização" ditou o ponto de partida da análise. Tudo o mais a partir dessa premissa, explica Daniela Gonçalves, passava por tentar "aferir qual o impacto da televisão nas interacções familiares, quer numa perspectiva conflitual, quer numa perspectiva de interacção positiva entre os seus membros".

O estudo correu, então, junto de representantes de 300 famílias em Lisboa, cidade onde a equipa apurou que a maioria dos casos da amostra "costuma ver regularmente televisão e mais de metade fá-lo habitualmente no seio da família", utilizando o pequeno ecrã como "ferramenta que aumenta a cooperação" entre os seus membros. Conclusões?

"A televisão, e concretamente o visionamento de certos programas - sobretudo os informativos, de comédia e desportivos -, aumenta as interacções familiares positivas", fomentando o diálogo.

Mas há mais, concretiza a investigadora: "Entre estes três tipos de programas, os informativos são aqueles que desempenham um papel mais relevante neste processo comunicacional."

Válvula(s) de escape

Contas feitas à terapia televisiva, o Estudo Empírico na Cidade de Lisboa revela que 75% do total dos inquiridos nunca tiveram tensões familiares decorrentes da TV, contra 24% que garantiram já ter tido. Os programas causadores de tensão, esses, são sobretudo os desportivos - a liderar a tabela -, os de entretenimento e comédia, em segundo lugar, e os informativos em último.

"Os programas desportivos, sobretudo o futebol, são geralmente preferidos pelos homens. Esta realidade, associada à existência de um só aparelho de televisão nalguns lares, pode desencadear conflitos familiares, uma vez que as mulheres pretendem ver outro tipo de programa, como a telenovela", sustenta a teórica. Já no que diz respeito aos outros programas, é a "diferença de gostos" a responsável por eventuais divergências nos lares da capital.

Curiosamente, descobriu Daniela Carvalho Gonçalves, são também esses os programas que, pela ordem inversa, mais potenciam as interacções positivas e o diálogo. A informação surge assim agora à cabeça - com 63,9% da amostra que vê TV em família a acreditar que estes programas aumentam o debate de temas e a troca de ideias -, seguida da comédia (54,9%) e finalmente do desporto (42,8%)."

15.6.06

 

Para ajudar as crianças a comerem melhor, separe a TV do jantar


Um estudo recente mostra que os pré-escolares que comem frequentemente em casa enquanto estão a ver televisão comem mais, disseram investigadores da Universidade de Penn State.

Por outro lado, as crianças dessa idade que normalmente não vêem televisão enquanto comem tendem a comer menos se lhes for subitamente permitido, de acordo com os investigadores.

Em ordem a promover uma consistência e uma melhor auto-regulação na ingestão de alimentos, os pais e outros educadores não devem permitir que as crianças mais novas combinarem as duas actividades, concluiram os autores da investigação.

As crianças no estudo, divulgado na edição de Abril do Journal of the American Dietetic Association, tinham todas peso normal e eram predominantemente Europeus Americanos e da classe média. Vinte e quatro crianças da faixa etária dos 3 aos 5 anos e as suas mães participaram no estudo.

12.6.06

 

Pais não controlam utilização da Internet pelos filhos

Estudo divulgado em Bruxelas sobre a "Apropriação dos Novos Media" e publicado no Jornal de Notícias:

A maioria dos jovens portugueses utiliza a Internet sem qualquer controlo parental, sendo livre para consultar páginas web, aceder a salas de "chat" e jogar jogos electrónicos, enfrentando apenas restrições ao tempo que permanecem "on-line".

Estas conclusões constam de um estudo hoje divulgado em Bruxelas sobre a "Apropriação dos Novos Media", realizado em nove países, incluindo Portugal, pela consultora Meddiappro, e que traça o perfil dos adolescentes entre os 11 e 19 anos na utilização dos novos meios de comunicação (Internet e telemóveis).

Entre os 643 alunos questionados, 93 por cento utiliza a Internet, a maioria em casa, onde não dispõem de restrições por parte dos pais.

Entre os questionados, 77 por cento dos estudantes afirmaram que os pais nunca os proíbem de aceder a salas de "chat" - contra 2 por cento que "sofrem" restrições -, 80 por cento que os pais nunca os interditam de utilizar o e-mail, 59 por cento nunca foi proibido de entrar em qualquer "website" e 65 por cento joga os jogos electrónicos que deseja.

"Regra geral, a maioria dos alunos não tem qualquer restrição à utilização dos media, nem em casa, nem na escola, e isso deve-se, segundo os próprios, ao facto dos pais confiarem neles e saberem que sabem utilizar a Internet", concluem os três responsáveis pelo estudo em Portugal.

Segundo o trabalho, "os pais apenas restringem o uso da Internet na época de testes ou exames na escola", sendo que as limitações "dizem respeito ao tempo que os jovens passam +online+ e não aos conteúdos que consultam ou às actividades que desenvolvem".

A maioria dos alunos portugueses prefere consultar a Internet em casa, por ser mais "confortável", uma vez que na escola são "poucos e antigos" os terminais existentes.

Da mesma forma, 71 por cento não utiliza os locais públicos, como os "cybercafés" porque "são caros e poucos" e porque dispõem de Internet em casa.

O inquérito permitiu ainda concluir que os rapazes portugueses se interessam mais por computadores, Internet e jogos do que as raparigas e que o interesse geral vai, em primeiro lugar, para a troca de mensagens através do MSN e, em segundo para pesquisas, designadamente no motor de busca Google.

Quanto aos telemóveis, no país que regista a mais alta taxa de penetração da União Europeia (Portugal) - 102,3 por cento em Junho de 2005, acima da média europeia de 91,4 por cento -, a maioria dos jovens entre os 11 e os 19 teve o seu primeiro telemóvel aos dez anos.

Entre os jovens questionados, 92,8 por cento afirma ter o seu próprio telefone móvel, que utiliza essencialmente para mensagens escritas. Aqui, as restrições parentais dizem respeito apenas ao dinheiro que gastam.

Os investigadores concluem que, apesar de conhecerem as novas actividades, os jovens portugueses são "conservadores" na utilização da Internet e do telemóvel.

O estudo, que também foi realizado na Bélgica, Dinamarca, Estónia, França, Grécia, Itália, Polónia e Reino Unido, deixa recomendações às autoridades portuguesas para que promovam sessões de esclarecimento sobre o uso dos novos meios de comunicação nas escolas e nas associações de pais.

Ao todo, foram realizados 643 questionários em Setembro de 2005, que deram posteriormente origem a 26 entrevistas individuais, num trabalho desenvolvido por Vítor Reis Baptista, Neusa Baltazar e Samantha Mendes, da Universidade do Algarve.

4.6.06

 

Divulgação: Lançamento do livro "ECRÃS EM MUDANÇA"

« A Livros Horizonte e o Centro de Investigação Media e Jornalismo (CIMJ) têm o prazer de convidar V. Excª para o lançamento do livro

"ECRÃS EM MUDANÇA"

O livro será apresentado por

José Manuel Paquete de Oliveira, provedor da RTP

Tânia Morais Soares, investigadora do ISCTE e do Centro de Investigação Media e Democracia (CIMED)

Maria Emília Brederode Santos, directora da revista Noesis

No dia 6 de Junho, às 18h 30, na Feira do Livro, em Lisboa.

O livro “Ecrãs em mudança” reúne contribuições sobre as relações da televisão e da internet com os seus públicos, sobretudo os jovens. Dá também relevo ao provedor de televisão recentemente instituído pela RTP. A interacção entre os públicos e tais tecnologias faz-se, sobretudo, a partir dos ecrãs, face aos quais nos entregamos, quotidianamente, mais ou menos tempo, na nossa actividade profissional e de lazer. Tais ecrãs estão em mudança pois, quer uns quer outros, sofrem transformações constantes nos conteúdos, nos dispositivos, nos públicos, nas tecnologias que os fazem estar presentes nas sociedades modernas. Este livro dá uma contribuição para entender melhor as relações entre os ecrãs e os públicos, facto maior das sociedades contemporâneas.

Textos de Jacques Piette/Universidade de Sherbrooke, Dominique Pasquier/École des Hautes Études en Sciences Sociales, Jacques Gonnet/Université de Paris III, Eduardo Marçal Grilo/Fundação Calouste Gulbenkian, Serge Tisseron/Université Paris VII, Geneviève Guicheney/France Télévisions.

Abrantes, José Carlos, (Organização), Ecrãs em mudança, Livros Horizonte/CIMJ, Lisboa, 2006 Tradução dos textos de francês e de inglês: António Melo e Vera Futscher Pereira.

www.josecarlosabrantes.net »

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