12.6.06
Pais não controlam utilização da Internet pelos filhos
Estudo divulgado em Bruxelas sobre a "Apropriação dos Novos Media" e publicado no Jornal de Notícias:
A maioria dos jovens portugueses utiliza a Internet sem qualquer controlo parental, sendo livre para consultar páginas web, aceder a salas de "chat" e jogar jogos electrónicos, enfrentando apenas restrições ao tempo que permanecem "on-line".
Estas conclusões constam de um estudo hoje divulgado em Bruxelas sobre a "Apropriação dos Novos Media", realizado em nove países, incluindo Portugal, pela consultora Meddiappro, e que traça o perfil dos adolescentes entre os 11 e 19 anos na utilização dos novos meios de comunicação (Internet e telemóveis).
Entre os 643 alunos questionados, 93 por cento utiliza a Internet, a maioria em casa, onde não dispõem de restrições por parte dos pais.
Entre os questionados, 77 por cento dos estudantes afirmaram que os pais nunca os proíbem de aceder a salas de "chat" - contra 2 por cento que "sofrem" restrições -, 80 por cento que os pais nunca os interditam de utilizar o e-mail, 59 por cento nunca foi proibido de entrar em qualquer "website" e 65 por cento joga os jogos electrónicos que deseja.
"Regra geral, a maioria dos alunos não tem qualquer restrição à utilização dos media, nem em casa, nem na escola, e isso deve-se, segundo os próprios, ao facto dos pais confiarem neles e saberem que sabem utilizar a Internet", concluem os três responsáveis pelo estudo em Portugal.
Segundo o trabalho, "os pais apenas restringem o uso da Internet na época de testes ou exames na escola", sendo que as limitações "dizem respeito ao tempo que os jovens passam +online+ e não aos conteúdos que consultam ou às actividades que desenvolvem".
A maioria dos alunos portugueses prefere consultar a Internet em casa, por ser mais "confortável", uma vez que na escola são "poucos e antigos" os terminais existentes.
Da mesma forma, 71 por cento não utiliza os locais públicos, como os "cybercafés" porque "são caros e poucos" e porque dispõem de Internet em casa.
O inquérito permitiu ainda concluir que os rapazes portugueses se interessam mais por computadores, Internet e jogos do que as raparigas e que o interesse geral vai, em primeiro lugar, para a troca de mensagens através do MSN e, em segundo para pesquisas, designadamente no motor de busca Google.
Quanto aos telemóveis, no país que regista a mais alta taxa de penetração da União Europeia (Portugal) - 102,3 por cento em Junho de 2005, acima da média europeia de 91,4 por cento -, a maioria dos jovens entre os 11 e os 19 teve o seu primeiro telemóvel aos dez anos.
Entre os jovens questionados, 92,8 por cento afirma ter o seu próprio telefone móvel, que utiliza essencialmente para mensagens escritas. Aqui, as restrições parentais dizem respeito apenas ao dinheiro que gastam.
Os investigadores concluem que, apesar de conhecerem as novas actividades, os jovens portugueses são "conservadores" na utilização da Internet e do telemóvel.
O estudo, que também foi realizado na Bélgica, Dinamarca, Estónia, França, Grécia, Itália, Polónia e Reino Unido, deixa recomendações às autoridades portuguesas para que promovam sessões de esclarecimento sobre o uso dos novos meios de comunicação nas escolas e nas associações de pais.
Ao todo, foram realizados 643 questionários em Setembro de 2005, que deram posteriormente origem a 26 entrevistas individuais, num trabalho desenvolvido por Vítor Reis Baptista, Neusa Baltazar e Samantha Mendes, da Universidade do Algarve.
A maioria dos jovens portugueses utiliza a Internet sem qualquer controlo parental, sendo livre para consultar páginas web, aceder a salas de "chat" e jogar jogos electrónicos, enfrentando apenas restrições ao tempo que permanecem "on-line".
Estas conclusões constam de um estudo hoje divulgado em Bruxelas sobre a "Apropriação dos Novos Media", realizado em nove países, incluindo Portugal, pela consultora Meddiappro, e que traça o perfil dos adolescentes entre os 11 e 19 anos na utilização dos novos meios de comunicação (Internet e telemóveis).
Entre os 643 alunos questionados, 93 por cento utiliza a Internet, a maioria em casa, onde não dispõem de restrições por parte dos pais.
Entre os questionados, 77 por cento dos estudantes afirmaram que os pais nunca os proíbem de aceder a salas de "chat" - contra 2 por cento que "sofrem" restrições -, 80 por cento que os pais nunca os interditam de utilizar o e-mail, 59 por cento nunca foi proibido de entrar em qualquer "website" e 65 por cento joga os jogos electrónicos que deseja.
"Regra geral, a maioria dos alunos não tem qualquer restrição à utilização dos media, nem em casa, nem na escola, e isso deve-se, segundo os próprios, ao facto dos pais confiarem neles e saberem que sabem utilizar a Internet", concluem os três responsáveis pelo estudo em Portugal.
Segundo o trabalho, "os pais apenas restringem o uso da Internet na época de testes ou exames na escola", sendo que as limitações "dizem respeito ao tempo que os jovens passam +online+ e não aos conteúdos que consultam ou às actividades que desenvolvem".
A maioria dos alunos portugueses prefere consultar a Internet em casa, por ser mais "confortável", uma vez que na escola são "poucos e antigos" os terminais existentes.
Da mesma forma, 71 por cento não utiliza os locais públicos, como os "cybercafés" porque "são caros e poucos" e porque dispõem de Internet em casa.
O inquérito permitiu ainda concluir que os rapazes portugueses se interessam mais por computadores, Internet e jogos do que as raparigas e que o interesse geral vai, em primeiro lugar, para a troca de mensagens através do MSN e, em segundo para pesquisas, designadamente no motor de busca Google.
Quanto aos telemóveis, no país que regista a mais alta taxa de penetração da União Europeia (Portugal) - 102,3 por cento em Junho de 2005, acima da média europeia de 91,4 por cento -, a maioria dos jovens entre os 11 e os 19 teve o seu primeiro telemóvel aos dez anos.
Entre os jovens questionados, 92,8 por cento afirma ter o seu próprio telefone móvel, que utiliza essencialmente para mensagens escritas. Aqui, as restrições parentais dizem respeito apenas ao dinheiro que gastam.
Os investigadores concluem que, apesar de conhecerem as novas actividades, os jovens portugueses são "conservadores" na utilização da Internet e do telemóvel.
O estudo, que também foi realizado na Bélgica, Dinamarca, Estónia, França, Grécia, Itália, Polónia e Reino Unido, deixa recomendações às autoridades portuguesas para que promovam sessões de esclarecimento sobre o uso dos novos meios de comunicação nas escolas e nas associações de pais.
Ao todo, foram realizados 643 questionários em Setembro de 2005, que deram posteriormente origem a 26 entrevistas individuais, num trabalho desenvolvido por Vítor Reis Baptista, Neusa Baltazar e Samantha Mendes, da Universidade do Algarve.