2.2.06

 

Os meios de comunicação -- Como ajudar a seu filho durante os primeiros anos da adolescência


Que posso fazer para que os media não tenham uma influência negativa no meu filho?

É difícil compreender o mundo do adolescente sem considerar o grande impacto que os meios de comunicação fazem na sua vida. Os meios competem com as famílias, os amigos, as escolas e as comunidades na sua capacidade para moldar os interesses, atitudes e valores dos adolescentes.

Os meios de comunicação de massas estão presentes constantemente nas suas vidas. A maioria dos adolescentes vêem televisão e filmes, utilizam a Internet, trocam e-mails, falam ao telemóvel, escutam discos e emissoras de rádio que vão dirigidas especificamente a eles com música e anúncios comerciais, e lêem artigos e anúncios nas revistas para adolescentes.

Primeiramente é preciso ver o lado bom. As novas tecnologias da comunicação podem ser muito divertidas e emocionates. Utilizadas sabiamente, também podem educar. Os bons programas de televisão podem informar, a boa música pode dar alento, e os bons filmes podem ampliar interesses e abrir novos horizontes. Além disso há muitos tipos de meios que se utilizam dentro das salas de aulas — computadores, televisão por cabo e cassetes de vídeo/DVDs já são parte integrante do ensino. De facto, nos últimos anos assistimos a um empenho dos governos para ligar todas as salas de aula à Internet e por fornecer um número mínimo de computadores para cada sala para uso dos estudantes. Como resultado as crianças devem expor-se aos meios de comunicação, pelo menos para saber como utilizá-los.

As crianças americanos se passam mais horas com os meios de comunicação que com seu trabalho escolar.

O problema reside em que os adolescentes frequentemente não sabem como (ou não podem) distinguir entre o que é bom nos meios e o que é prejudicial. Alguns passam horas intermináveis frente ao televisor ou ligados aos seus reprodutores portáteis de mp3, alimentando-se passivamente de tudo o que vêem e ouvem — violência, sexo, estereótipos e personagens e histórias totalmente fora da realidade. Sabemos pelos estudos como o que dirigiram George Comstock e Erica Sherrar que o ver muita violência na televisão parece aumentar os comportamentos agressivos nas crianças e que o expôr-se frequentemente à violência faz com que esta seja menos surpreendente e mais fácil de aceitar.

Os alunos que informam que vêem mais televisão que seus companheiros geralmente tiram piores notas na escola e qualificam-se pior nos exames padronizados. "Em qualquer discussão que tenhamos na sala é muito óbvio que vêem mais televisão que outros," pode ser a resposta de qualquer professora. "Aos alunos com menos motivação na sala de aula, fale-se de algum programa de televisão e de repente reagem."

À medida que os adolescentes amadurecem, as horas excessivas de televisão, os jogos electrónicos e o uso do computador resultam numa acumulação de consequências negativas. As crianças americanos passam mais horas com os meios de comunicação do que com o seu trabalho escolar. Os alunos do sétimo ano, por exemplo, passam uma média de 135 minutos por dia vendo televisão e só 57 minutos fazendo as tarefas escolares.


Além dos efeitos negativos académicos e psicológicos, também existem efeitos físicos nocivos. Segundo estudos recentes da Direcção-Geral de Saúde dos Estados Unidos, o número de adolescentes obesos no país aumentou dramaticamente nas últimas duas décadas. Estar com peso excessivo pode contribuir para várias doenças sérias, tais como a diabetes.

O seu filho irá aproveitar muito o seu conselho para ajudar-lhe a balançar as actividades relaccionadas com os media com outras actividades tais como ler, falar com familiares e desfrutando com os seus amigos. Aqui oferecemos-lhes alguns conselhos sobre como ajudar a seu filho a escolher com bom critério como vai utilizar os meios de comunicação:

- Limite o tempo que seu filho vê televisão. É impossível proteger a seu filho completamente dos media. Se o senhor lhe proíbe completamente a televisão, só vai ganhar que esta lhe pareça ainda mais atractiva que nunca. No entanto alguns pais sim proíbem a televisão durante a semana, com algumas excepções que acordaram de antemão.

- Lembre que é mais fácil restringir as más opções se você diz não antes que seu filho traga para casa CDs ou videojogos ofensivos ou insista em ver programas de televisão excessivamente violentos. Faça-lhe saber que você tem a intenção de supervisionar o que ele escolhe ver ou escutar.

- Supervisione o que seu filho vê e ouve. Não se fixe somente no volume da música, preste atenção à letra também. Informe-se sobre os programas de televisão e os filmes que interessam ao seu filho, os jogos vídeo que quer jogar e a música que quer escutar. Se você está bem informado sobre os interesses de seu filho, você poderá entrar no seu mundo com maior facilidade e poderá falar com ele com maior conhecimento e poder. Pregunte-lhe que grupos ou cantores gosta de escutar. Leia sobre os seus artistas favoritos nas revistas ou escute a sua música na rádio ou em CD.

- Você também pode ver ou escutar com os seus filhos. Assim poderá compartilhar um momento com ele e aprenderá mais sobre os programas, jogos e música que eles gostam. Fale com eles sobre o que estão a ver e a ouvir.

- Sugira-lhe programas de televisão que você quer que veja. Incentive o seu filho a ver programas de televisão sobre uma grande variedade de temas — a natureza, viagens, história, ciências, biografias e notícias, além dos programas criados só para entreter. Os programas noticiosos e de história por exemplo, podem fomentar conversações sobre eventos mundiais, a política nacional e local, os problemas sociais e assuntos sobre saúde.

- Fale com seu filho sobre a diferença entre os factos e as opiniões. Os adolescentes devem aprender que nem tudo o que vêem e ouvem é necessariamente certo. Informe-o que o programa de televisão ou o filme que viram, a estação de rádio ou a música que gosta de escutar, tanto como a revista que lê, possuem um ponto de vista em particular. Fale com ele sobre como os meios promovem certas idéias ou crenças, as quais provavelmente não estarão de acordo com seus valores familiares. Se seu filho quer ver, ouvir ou ler algo que você acha que é impróprio, faça-lhe saber exactamente por que você está em desacordo.

- Fale com seu filho sobre os anúncios comerciais enganosos. Os adolescentes são muito susceptíveis aos anúncios. Fale com seus filhos acerca do propósito dos anúncios — vender produtos — e sobre como julgar se os produtos anunciados são apropriados para ele. Por exemplo, se sua filha tem cabelo curto, loiro e encaracolado, pregunte-lhe se na verdade pensa que o shampô de 15 euros que quer que lhe comprem vai resultar numa cabeleira comprida, escura e lisa, como a modelo na revista.

- Fale com seu filho sobre os riscos que correrá ao entrar em salas de "chat". Assegure-se que seu filho entende bem o perigoso que é "falar" electrónicamente com uma pessoa desconhecida.

- Fale com outros pais. Se você fala sobre os filmes, os programas de televisão, os jogos eletrónicos e CDs com os pais dos amigos de seu filho, você terá maior autoridade para dizer que não quando ele queira ver ou ouvir algo inadequado. Você pode descobrir muito rapidamente que nem todos os alunos do sétimo ano têm permissão de ver o último filme classificado "Para maiores de 16" que inclui cenas de sangue e extrema violência.


- Ofereça alternativas ao entretenimento com os media. Segundo o professor Bill Gangl, "Se você lhes dá actividades suficientes com que divertir-se, a televisão desaparece". Dada a oportunidade, muitas crianças preferem fazer do que só ver. Um dia no campo de golf ou visitando um amigo pode ser mais interessante que mais uma noite frente ao televisor.

- Dê um bom exemplo. Se um adolescente vê a seus pais "paralisados" frente ao televisor ou a consultar o seu e-mail enquanto se apressa para jantar, definitivamente vai captar uma mensagem clara. Os pais que desligam o televisor ou o computador e participam mais numa boa conversa, nos desportos, jogos ou outras actividades estão a demonstrar com o seu exemplo outras opções de entretenimento. Um adolescente contemporâneo talvez se pergunte " que se fazia antes que houvesse televisão (ou computadores e jogos de vídeo)?" Demonstre-o!

Comments:
Este Site tem imformação util mas puderia ter mais... sobre o assunto dos aspectos negativos da tecnologia na adolescencia
 
este site esta mt legal!!!mais eu acho que diviam colocar mais historias de pessoas que ja passaram por isso...
 
gostaria de saber o nome do autor do texto.
 
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