25.1.06
O efeito KGOY
Se você é um dos muitos pais um bocado confuso com o efeito KGOY ("Kids Getting Older Younger"), ou seja que as crianças crescem cada vez mais cedo (uma criança de 8 anos querer um telemóvel ou um leitor de mp3 é parte deste fenómeno) talvez lhe interesse ler o artigo publicado no jornal Meios & Publicidade, do qual retiro este excerto:
As novas crianças sabem do que gostam e influenciam as decisões familiares. Mães e pais consultam-nos na hora de escolher a alimentação, roupa, produtos de beleza, jogos e telemóveis. Além disso, muitas vezes as crianças são consultadas relativamente a locais para passeios, férias e tecnologia.
Eu ainda sou do tempo em que... Jorge Arceo não tem dúvidas em afirmar que as crianças de hoje são muito diferentes das de há dez anos. "Têm acesso a muito mais informação, daí que aprendam muito antes. Por isso é muito mais difícil cativá-las", explica. Além disso, acrescenta, são muito pouco fieis devido às variadas mensagens e comunicação recebida ao longo do dia.
"As crianças de hoje crescem num mundo diferente, com novas ferramentas que anteriormente não estavam disponíveis como os telemóveis, a internet, os leitores de MP3,...", acrescenta o director de marketing da Concentra. Por esse motivo, são hoje muito mais exigentes e crescem cada vez mais depressa.
Aliás, explica Ricardo Feist, "esse é um dos fenómenos que estudamos no mercado de brinquedos: o efeito KGOY que significa Kids Grow Older Younger, ou seja que as crianças crescem cada vez mais cedo". Isto significa, explica, que deixam de brincar com idades mais baixas do que no passado, dispersando a sua atenção para outros produtos além dos brinquedos: telemóveis, computadores, game boys, iPods, entre outros. Isso é um risco para o mercado de brinquedos que assim se pode ver reduzido em dimensão se os seus consumidores forem cada vez menos. "Para contrariar essa tendência, os brinquedos actuais são muito mais avançados tecnologicamente e tentam acompanhar as últimas modas e tendências mundiais", refere o responsável da Concentra.
Aliás, segundo um estudo realizado pela ABC+ para a Ferrero, as crianças de hoje têm sonhos cada vez mais realistas. Sonham em ter uma profissão que lhes agrade, ter uma grande casa, possuírem uma bela viatura e ganharem muito dinheiro. Há uns anos atrás os desejos eram bem diferentes...
O efeito KGOY, que poderia ser chamado em português de "efeito CEMC" (Crianças Envelhecem Mais Cedo) poderá ser um sinal do desaparecimento da infância como a conhecemos. Ou seja, os jovens do século XXI estarão a crescer sem as brincadeiras "normais", sem serem "crianças", vivendo a partir dos 4 anos já num mundo de competição e tecnologia, procurando logo imitar os estilos de vida dos adultos?
Qualquer dia parece que será normal ouvirmos dizer de uma miúda de 6 anos:
"Brincar às bonecas? Isso é coisa de bébés!"
As novas crianças sabem do que gostam e influenciam as decisões familiares. Mães e pais consultam-nos na hora de escolher a alimentação, roupa, produtos de beleza, jogos e telemóveis. Além disso, muitas vezes as crianças são consultadas relativamente a locais para passeios, férias e tecnologia.
Eu ainda sou do tempo em que... Jorge Arceo não tem dúvidas em afirmar que as crianças de hoje são muito diferentes das de há dez anos. "Têm acesso a muito mais informação, daí que aprendam muito antes. Por isso é muito mais difícil cativá-las", explica. Além disso, acrescenta, são muito pouco fieis devido às variadas mensagens e comunicação recebida ao longo do dia.
"As crianças de hoje crescem num mundo diferente, com novas ferramentas que anteriormente não estavam disponíveis como os telemóveis, a internet, os leitores de MP3,...", acrescenta o director de marketing da Concentra. Por esse motivo, são hoje muito mais exigentes e crescem cada vez mais depressa.
Aliás, explica Ricardo Feist, "esse é um dos fenómenos que estudamos no mercado de brinquedos: o efeito KGOY que significa Kids Grow Older Younger, ou seja que as crianças crescem cada vez mais cedo". Isto significa, explica, que deixam de brincar com idades mais baixas do que no passado, dispersando a sua atenção para outros produtos além dos brinquedos: telemóveis, computadores, game boys, iPods, entre outros. Isso é um risco para o mercado de brinquedos que assim se pode ver reduzido em dimensão se os seus consumidores forem cada vez menos. "Para contrariar essa tendência, os brinquedos actuais são muito mais avançados tecnologicamente e tentam acompanhar as últimas modas e tendências mundiais", refere o responsável da Concentra.
Aliás, segundo um estudo realizado pela ABC+ para a Ferrero, as crianças de hoje têm sonhos cada vez mais realistas. Sonham em ter uma profissão que lhes agrade, ter uma grande casa, possuírem uma bela viatura e ganharem muito dinheiro. Há uns anos atrás os desejos eram bem diferentes...
O efeito KGOY, que poderia ser chamado em português de "efeito CEMC" (Crianças Envelhecem Mais Cedo) poderá ser um sinal do desaparecimento da infância como a conhecemos. Ou seja, os jovens do século XXI estarão a crescer sem as brincadeiras "normais", sem serem "crianças", vivendo a partir dos 4 anos já num mundo de competição e tecnologia, procurando logo imitar os estilos de vida dos adultos?
Qualquer dia parece que será normal ouvirmos dizer de uma miúda de 6 anos:
"Brincar às bonecas? Isso é coisa de bébés!"
Comments:
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"Brincar às bonecas? Isso é coisa de bébés!"
Claro! são pequenas mas não são tolas.
Pena que a maior parte dos adultos é que pensa que são.
Já era tempo de ver alguma mudança geracional.
Que se cuidem os adultos.
JoseM
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Claro! são pequenas mas não são tolas.
Pena que a maior parte dos adultos é que pensa que são.
Já era tempo de ver alguma mudança geracional.
Que se cuidem os adultos.
JoseM
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