18.11.05

 

Escola deve assumir desafio da geração W

Notícia retirada do Diário de Notícias, ainda a propósito do seminário "Geração W - educação e media",




PARTILHA. Professor da UM descobriu os blogues pelos alunos
A literacia digital "deve ser inscrita nas prioridades políticas e pedagógicas", porque o que está em causa "é algo de fundamental" para a sociedade e a economia. A sugestão partiu de Manuel Pinto, docente na Universidade do Minho (UM), um dos participantes no seminário "Geração W - educação e media", que decorreu ontem na Maia.

Manuel Pinto, autor de a Televisão no Quotidiano das Crianças, reconheceu que, por exemplo, descobriu a realidade dos blogues com os seus alunos, a geração da literacia digital "que está em vários lados ao mesmo tempo" e introduz novas palavras na língua. Com essa partilha, disse, redescobriu a sua condição de docente.

Afinal, o que é a geração W? O docente da UM traçou-lhe o perfil são os utilizadores da Internet, dos jogos electrónicos (que em volume de vendas já ultrapassam o cinema de Hollywood) e do telemóvel. No fundo, "uma geração conectada", embora isso não signifique que "comuniquem melhor do que nós".

É também uma geração "(des)enganada", embalada no "canto da sereia dos poderes das tecnologias". "Despistada", porque carece das "grandes referências"; e "sem grande horizonte", a nível de emprego e "estabilidade afectiva". Segundo Manuel Pinto, "há o risco cada vez maior da cultura digital cavar o fosso com a cultura escolar". Por isso, e como falava para uma plateia de professores, disse que é preciso "assumir o desafio do digital - nós também somos a geração W, mas por defeito".

Eduardo Cintra Torres, outro dos intervenientes no debate, promovido pela Direcção Regional de Educação do Norte, falou do peso da TV no quotidiano dos portugueses. O crítico de TV e media lembrou que as nossas crianças, em termos europeus, são as que mais horas passam à frente do ecrã, e que o televisor, lentamente, aparece em quase todas as divisões da casa. Aliás, em certas habitações, o número de televisores é superior aos moradores.

Para a directora da revista Notícias Magazine, Isabel Stilwell, é necessário encontrar alternativas para a geração W, porque o "mundo virtual" é insuficiente. A esses jovens, disse, devemos dar-lhes uma bússola", os valores "têm de ser recriados por eles". E lembrou que esta geração também lê, basta ver os índices de leitura.

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